A Sanepar estuda a viabilidade de uma parceria com a empresa alemã Graforce para o desenvolvimento de produção de hidrogênio renovável, a partir da plasmólise do biometano, oriundo do tratamento do esgoto. A organização alemã desenvolveu a tecnologia e a Sanepar analisa o negócio para o Paraná.
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O hidrogênio é produzido a partir da eletrólise da água por meio de fontes renováveis. “Com um reator, usando o biogás, oriundo do tratamento de esgoto, o reator faz uma purificação do biogás, dividindo o biometano e o CO2. Depois vai para um catalisador que realiza uma reação química e gera o hidrogênio”, explica o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.
A tecnologia alemã usa o biometano, proveniente do esgoto, que por meio de um reator faz essa purificação que gera o hidrogênio. “O que faz sentido para nós, uma produção de hidrogênio a partir de lodo de esgoto. Lodo de esgoto para nós, hoje, é custo. Se pudermos transformar em hidrogênio, seria bom”, acrescenta Stabile.
O lodo de esgoto é um resíduo gerado nas estações de tratamento. Porém, esse material necessita de uma destinação adequada. O resíduo pode gerar fertilizante ou hidrogênio renovável, como o projeto da tecnologia alemã permite.
No final de novembro desde ano, o presidente da Sanepar e o gerente de Pesquisa e Inovação da empresa, Gustavo Possetti, visitaram a fábrica e o centro de pesquisas da Graforce, na Alemanha. “A princípio não firmamos nenhuma parceria, mas um termo de confidencialidade para entender o projeto para ver as vantagens e desvantagens”, diz Stabile.
“Queremos entender se para a Sanepar faz sentido e também tem a questão do custo. Não só o custo de implantação, mas os resultados econômicos, financeiros e ambientais de uma planta”, complementa. A tecnologia alemã está em funcionamento somente na Áustria, por enquanto.
Stabile destaca que, em 90 dias, a Sanepar quer firmar um parecer sobre o projeto. A empresa também analisa os possíveis compradores de hidrogênio, caso a tecnologia prospere no Paraná. “Temos compradores de biometano, mas quem compraria o hidrogênio é a Europa. Europa está com um mercado mais maduro. Precisamos olhar para isso. Já vimos que o próprio governo alemão, se tivermos um hidrogênio de qualidade, eles mesmo compram”, afirma o diretor-presidente da Sanepar.
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