O verão do "pedágio grátis" e da pandemia em queda deve provocar no fim de ano um deslocamento em massa para as praias do Paraná, apesar das dificuldades econômicas e das preocupações sanitárias com o vírus ainda em circulação. Com isso, ressurge a velha preocupação de falta d'água na alta temporada. No entanto, o temor das torneiras secas no Litoral não está tão atrelado à estiagem histórica que assola o estado, mas ao súbito aumento da demanda, até quatro vezes maior do que em períodos fora de temporada.
WhatsApp: receba um boletim diário com notícias do Paraná
A prefeitura de Matinhos afirma que não vê risco de faltar água por causa da crise hídrica no estado, visto que a cidade nem chegou a implantar rodízios de abastecimento entre os moradores. Já a prefeitura de Guaratuba admitiu que há preocupação com um eventual desabastecimento, mas não por culpa da crise hídrica. O vilão ainda é o mesmo dos anos anteriores: o aumento repentino no fluxo de turistas durante a temporada de verão. Nesse período, o número de habitantes da cidade triplica.
Questionada, a Sanepar não respondeu diretamente sobre o risco de desabastecimento. No entanto, recorreu à matemática para demonstrar que a pressão sobre o sistema é grande e isso exige uso racional por parte de todos. Segundo a companhia, a produção média de água nas praias do Paraná, em períodos fora da temporada, gira em torno de 36,5 milhões de litros por dia. Em épocas de maior demanda, como na virada do ano, por exemplo, pode chegar a 140 milhões de litros, sendo 100 milhões para pronto consumo e 39 milhões de litros como "reserva".
Assim, a empresa de saneamento reforça o apelo pelo consumo consciente. E pede para que os veranistas não lavem carro nem calçada com água potável, além de desaconselhar o uso das piscinas infantis, um dos grandes vilões do desperdício.
Outros fatores que também contribuem para o consumo elevado, observa a Sanepar, são a alta taxa de ocupação dos imóveis na temporada e o fato de muitas residências terem caixas d'água pequenas.
Prefeituras e Sanepar fazem parcerias contra a falta d'água
Guaratuba e Matinhos informaram que existem ações todos os anos, geralmente entre o fim de novembro e começo de dezembro, para conscientizar a população sobre a necessidade de economizar água durante a temporada. Além disso, os municípios têm uma parceria com a Sanepar, que oferece um reforço na estrutura, para dar conta do salto no consumo de água, principalmente em bairros mais afastados.
Dentre as medidas adotadas pela companhia para evitar torneiras vazias na temporada de verão 2021/2022, está a instalação de cinco reservatórios modulares de água, do tipo contêiner, em áreas mais distantes dos centros de distribuição. Cada um deles tem capacidade para armazenar 70 mil litros de água.
Os equipamentos são móveis e podem ser reabastecidos por caminhão-pipa quando houver risco de desabastecimento. Além disso, todos possuem um conjunto motobomba, que pressuriza melhor a rede. Na temporada passada, a Sanepar utilizou apenas dois reservatórios, suficientes para atender a demanda, bem abaixo da média, em função da pandemia estar em fase mais crítica.
A companhia também fará a instalação de 29 geradores de energia elétrica, em Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes e Pontal do Paraná. Movidos a óleo diesel, os geradores mantêm o abastecimento mesmo que haja queda no fornecimento de energia.
STF inicia julgamento que pode ser golpe final contra liberdade de expressão nas redes
Plano pós-golpe previa Bolsonaro, Heleno e Braga Netto no comando, aponta PF
O Marco Civil da Internet e o ativismo judicial do STF contra a liberdade de expressão
Putin repete estratégia de Stalin para enviar tropas norte-coreanas “disfarçadas” para a guerra da Ucrânia
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná