Três homens, de Curitiba, Cascavel e Londrina, estão sendo monitorados pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa) por suspeita de estarem com a Varíola dos Macacos. Eles têm idades entre 27 e 39 anos, e contam com histórico de viagens para São Paulo, França, Inglaterra e Turquia. O primeiro caso brasileiro da doença, também conhecida como “Monkeypox”, foi confirmado em 9 de junho, em São Paulo.
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A varíola dos macacos é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e fadiga.
Amostras seguirão para laboratório de referência em São Paulo
As amostras coletadas estão em processo de envio para o Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), que vai encaminhar o material para o laboratório de referência da doença em São Paulo. O atendimento prestado aos casos suspeitos, aponta a Sesa, está seguindo uma nota orientativa da própria pasta, que foi encaminhada a todos os municípios do Paraná.
Paciente suspeito em Curitiba está isolado, mas passa bem
O paciente de Curitiba recebeu o primeiro atendimento na semana passada em uma UPA da capital. O relato inicial era de febre e sintomas de alergia na pele. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba, o homem está isolado em casa e passa bem. Além dele, os contatos diretos do caso suspeito também seguem sendo monitorados pelos profissionais de Saúde.
A secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, reforçou que ainda não há nenhuma confirmação de casos da doença no município. “Ao contrário de outros vírus muito transmissíveis, como o coronavírus, a influenza ou o sarampo, esse vírus deste tipo de varíola exige um contato direto principalmente com as lesões de pele para que ocorra a transmissão. Além disso, a monkeypox tem um prognóstico mais benigno. Ou seja, normalmente, salvo raríssimas exceções, não há agravamento do paciente, bem diferente do quadro que tínhamos do coronavírus no início da pandemia”, explicou.
Casos suspeitos devem procurar um serviço de Saúde para investigação
A SMS orienta maior atenção para pessoas que venham a apresentar na pele pústulas (bolinhas vermelhas com pus) após viajar para países que já declararam surto ou depois de ter contato íntimo com alguém diagnosticado recentemente com a doença. “Nestes casos, a orientação é procurar um serviço de saúde, para investigação, pois esses sintomas são comuns a várias doenças, e somente um profissional de saúde poderá avaliar para notificar a SMS e orientar corretamente o paciente”, confirmou a médica infectologista da SMS Marion Burger.
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