Com 162 casos confirmados, mas nenhum óbito confirmado até a manhã desta segunda-feira (6), Curitiba vinha se mantendo em uma situação até “confortável” em relação à pandemia de Covid-19, de acordo com a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak. Nesta semana, no entanto, o sistema de saúde da cidade deve começar a “enfrentar problemas”, ela destacou em conversa com vereadores, via videoconferência, nesta manhã.
De acordo com a secretária, o principal ponto de preocupação são os aparelhos médicos – como respiradores – e equipamentos de proteção individual dos agentes de saúde – sobretudo máscaras e álcool gel. “Consumíamos cerca de 5 mil máscaras por dia; agora são mais de 200 mil. Os preços de álcool em gel subiram absurdamente. Nosso consumo passou de 90 frascos para 700 frascos por dia”, disse Huçulak.
“Não está faltando [equipamento]. Estamos repondo. Mas ainda vamos enfrentar a tormenta. Estamos no pé da montanha, ainda não subimos. Nossa previsão, do ponto de vista de planejamento, é que nesta semana vamos começar a ter problema em Curitiba. Até agora estava confortável. Mas é vírus muito transmissível. Para pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades, ele é avassalador”, diz.
De acordo com a secretária, os números na capital podem ser considerados controlados por conta do trabalho que foi feito desde antes de o Sars-Cov-2 ser classificado como uma pandemia. “Curitiba não teve crescimento exponencial pela ação que implementamos, dando importância ao isolamento domiciliar”, disse. O município, segundo ela, monitora o Covid-19 desde a última semana de janeiro, antes mesmo de ter casos confirmados no Brasil.
De acordo com Huçulak, a pandemia tende a seguir até agosto em Curitiba. O objetivo é estender o prazo para achatar a curva de contágio e, com isso, garantir atendimento para todos. Um protocolo que tem sido implementado por quase todos os países.
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