O Partido Novo adotou um método diferente para escolher seu próximo candidato à prefeitura de Curitiba - a eleição será no ano que vem. Nos moldes de um reality show da política, o processo seletivo, que também vem sendo replicado em todo o país, tem três etapas.
Na capital paranaense, a disputa começou com 16 inscritos, que apresentaram os currículos, como para uma vaga de emprego. Neste primeiro momento, uma triagem foi feita por integrantes da sigla.
Quatro “candidatos a candidatos a prefeito” passaram então para a segunda etapa, que inclui a entrevista com profissionais da Exec, empresa de recrutamento de executivos de alto escalão que foi contratada pelo diretório nacional para realizar o processo. Ao passar para essa etapa da seleção, cada candidato desembolsou R$ 4 mil para seguir na disputa.
Quem passar por esta fase, que ainda está em andamento, terá depois de enfrentar novas entrevistas com representantes dos diretórios estadual e municipal da legenda. Nestas, inclusive, já terão que apresentar, em linhas gerais, o que pensam sobre a campanha e até sobre eventual plano de governo.
Segundo Antenor Demeterco Neto, que é presidente do Diretório Estadual do Paraná, a necessidade de mostrar desde esse momento o que poderiam fazer se ganhassem a eleição é importante para saber se os candidatos realmente “estão de acordo com os princípios do Novo”.
A expectativa é que, em até dois meses, o partido possa concluir o processo e saber quem é o pré-candidato a prefeito de Curitiba para o ano que vem.
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Usando a mesma estratégia, a legenda promete ter candidatos próprios à Prefeitura em pelo menos outras três municípios do Paraná – Maringá, Londrina e Cascavel, sendo que a primeira já está com o processo em andamento. As cidades atendem aos critérios pré-estabelecidos pela executiva nacional, que incluem a necessidade de haver pelo menos 150 filiados no diretório municipal para lançar uma candidatura.
“O candidato não precisa ser rico”
Segundo o presidente estadual da legenda, os candidatos a prefeito pelo Novo precisam ter pelo menos oito anos de experiência, podendo ser em gestão pública ou privada. Não há exigências de graduações específicas, como doutorado ou mestrado, por exemplo.
Também não precisam necessariamente ser ricos. No entanto, o postulante precisa apresentar como vai financiar a sua campanha. “Nós não exigimos que a pessoa seja de condição financeira abastada, mas é preciso mostrar que ele tem a capacidade de financiar sua campanha, seja com recursos próprios ou buscando dinheiro na inciativa privada”, diz Antônio Demeterco Neto.
Outro processo vai definir candidatos a vice-prefeito e vereadores
Por enquanto, o que está em andamento é a escolha do candidato principal, ou seja, à Prefeitura. Mas segundo Demeterco Neto, outro processo será feito para selecionar os futuros integrantes da chapa como vice-prefeito e àqueles que querem ser vereadores ou vereadoras. Ainda não se sabe qual será exatamente o formato desta nova seleção.
O Novo não conta com nenhum vereador eleito atualmente na capital. Até por isso o objetivo do partido para 2020 pode ser considerado ambicioso. “Em Curitiba, nós esperamos eleger pelo menos dois vereadores. Isso por baixo”, afirma Demeterco Neto.
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