Um dos principais nomes da Lava Jato, o ex-juiz federal Sergio Moro destacou, nesta quinta-feira (24), que a operação federal que colocou na cadeia por corrupção grandes políticos e empresários foi influente também em operações de âmbito estadual, como, no Paraná, a Publicano, a Quadro Negro e a Rádio Patrulha. “Acredito que a Lava Jato, para usar uma metáfora do salto em altura, elevou o sarrafo [das investigações e punições] vários níveis acima e influenciou operações de investigação em âmbito estadual. Aqui no Paraná tivemos muitas”, disse, durante evento online promovido pelo movimento Pró-Paraná para debater o combate à corrupção.
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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública ressaltou o que considera vitórias da operação, sobretudo o debate sobre como melhorar o processo jurídico – uma de suas bandeiras foi a implementação da prisão em segunda instância. “Não adianta nada belos códigos, belos palácios de Justiça e um processo que não é efetivo”, disse.
Durante o evento, Moro ainda elogiou o trabalho da Pró-Paraná, uma entidade que há décadas trabalha por bandeiras que promovam o desenvolvimento do estado, como a conquista dos royalties da Itaipu e a segunda ponte ligando o estado com o Paraguai. “Muitas vezes [o estado] não tem o destaque na agenda nacional que deveria ter. O movimento, que reúne pessoas tão ilustres, contribui para a visibilidade as pautas paranaenses, que também são pautas do país por serem causa justas”, apontou.
Moro, por fim, evitou falar de planos para concorrer às eleições. Cogita-se que o ex-ministro possa disputar eleições em 2022, quando o país troca representantes federais. “Estou distante, no momento, dessas questões. Preciso me reinserir no setor privado e minha preocupação imediata é essa. (...) Temos [neste ano] essas eleições municipais e é importante as pessoas pensarem em quem vão eleger para prefeito, vereador. Focar nessas situações específicas”, apontou.
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