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Servidores da educação invadiram o hall da Alep
Deputado Luiz Cláudio Romanelli conversa com trabalhadores que ocuparam hall da Assembleia.| Foto:
Apuração em andamento
Este conteúdo é sobre um fato que ainda está sendo apurado pela redação. Logo teremos mais informações.

Um grupo de servidores da rede estadual de ensino, ligados à APP-Sindicato, ocupou na tarde desta quarta-feira (18) o hall de entrada do plenário da Assembleia Legislativa do Paraná. Eles protestam contra os critérios para contratação de profissionais pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) e pedem a revogação do edital, que prevê a contratação de pelo menos 4 mil profissionais para lecionar em 2021. Após um acordo com os deputados, eles se deslocaram ao Plenarinho, onde devem passar à noite, caso não tenham uma resposta do governo estadual sobre a reivindicação.

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Em nota à imprensa no início da noite desta quarta-feira (18), o governo estadual informou que "após a invasão da APP-Sindicato" na Assembleia Legislativa "as negociações com a categoria estão encerradas". "O governo do Estado não negocia com sindicato que não respeita as instituições democráticas", diz a nota.

Em outra nota, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) também reforçou que "sempre esteve aberta ao diálogo com os representantes dos professores". "O PSS foi pauta presente em várias reuniões entre representantes da Seed e dos professores ao longo do ano de 2020. Somente nos últimos três meses foram nove encontros oficiais e o PSS foi debatido em todos eles", diz trecho.

As sessões plenárias da Alep têm sido realizadas de forma remota, por conta da pandemia do novo coronavírus, e apenas um grupo pequeno de deputados conduz os trabalhos no plenário, de forma presencial. A Alep também está fechada para o público externo, e parte dos funcionários seguem no modelo de teletrabalho.

"É mais uma prova de que eles não respeitam a categoria. O secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, ficou de dar uma resposta hoje (18) e simplesmente nos ignoraram. Então nós fomos pedir o apoio dos deputados. Os indígenas foram para a Seed ontem (17) e eles atenderam a mesma demanda para os indígenas. Nós queremos uma resposta", disse o secretário de Comunicação da APP, Luiz Fernando Rodrigues, à Gazeta do Povo. Ele informou ainda que o protesto conta com um grupo de cerca de 100 pessoas, metade no Plenarinho da Assembleia. Os demais estão acampados do lado de fora.

Manifestantes no plenarinho da Assembleia Legislativa, por volta das 21 horas desta quarta-feira (18). Foto: Divulgação/APP-Sindicato
Manifestantes no plenarinho da Assembleia Legislativa, por volta das 21 horas desta quarta-feira (18). Foto: Divulgação/APP-Sindicato

Na terça-feira (17), a APP-Sindicato realizou uma passeata em protesto, caminhando até o Centro Cívico. Uma comitiva foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Guto Silva, pelo diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação, Glaucio Dias, e pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri (PSD). Mas, até a tarde de quarta-feira (18), a APP alega não ter recebido retorno sobre as reivindicações, daí o novo protesto, com a ocupação da Assembleia.

Na Assembleia, eles foram recebidos pelo primeiro-secretário da Casa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), que prometeu aos manifestantes conversar com o líder do governo e com o Executivo. Os servidores dizem que só deixam o prédio com uma definição sobre o edital.

Logo após a ocupação, o líder do governo, Hussein Bakri, criticou a atitude dos servidores. “Eu estava trabalhando no sentido de construir um entendimento, e essa situação não contribui em nada para a negociação. É uma invasão desproporcional e desrespeitosa com o parlamento. Tenho certeza que os deputados da oposição também não compactuam com isso. É um absurdo invadir o local de trabalho de qualquer pessoa”, afirmou ele.

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