Aos moldes do que já acontece na esfera nacional, os processos questionando a atuação de juízes e desembargadores passarão a ter julgamentos públicos no Paraná. Em votação na tarde desta segunda-feira (13), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) acatou uma proposta do presidente, Adalberto Xisto Pereira, de derrubar o sigilo de casos disciplinares envolvendo os magistrados.
Até então, toda vez que havia uma denúncia ou que a corregedoria encaminhava a proposta de abertura de um processo contra um juiz ou desembargador, o nome era omitido na pauta de votação e a sessão do órgão especial – que é a instância em que o caso é avaliado – era fechada para o público. O mesmo procedimento não era adotado quando o processo se referia a um servidor ou cartorário.
Nem as decisões, mesmo quando apontavam para sanções como advertência ou suspensão, eram divulgadas. A partir de agora, com a publicidade dos casos, é possível, por exemplo, que outros denunciantes decidam se pronunciar com relação à atuação de alguns magistrados, levando à interpretação de recorrência ou postura reiterada. Somente se o assunto for sigiloso, envolvendo menores de idade, por exemplo ou em outras situações previstas em lei, é que as informações serão mantidas em segredo.
Ao encaminhar a votação, o presidente do TJ-PR argumentou que foi questionado, durante uma coletiva de imprensa, sobre o sigilo, e que se comprometeu a analisar a questão. Ao avaliar o modelo que já é adotado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em que os julgamentos são públicos – inclusive com transmissão pela internet – decidiu encaminhar a proposta de seguir os mesmos parâmetros no Paraná, que acabou aprovada pelos membros do Órgão Especial. Xisto Pereira destacou que a mudança não altera, em nada, a presunção de inocência e o direito à ampla defesa.
A medida entrou em vigor imediatamente. Dois casos foram analisados na tarde desta segunda-feira. Um envolvia trabalho atrasado, identificado numa correição, e o outro diz respeito a um juiz preso com cocaína no veículo (ele foi também afastado preventivamente das funções). Importante destacar que os processos continuam de acesso restrito aos envolvidos e que somente em alguns momentos, como o aceite da denúncia e a votação de decisão, é que são públicos.
Eleição sem Lula ou Bolsonaro deve fortalecer partidos do Centrão em 2026
Saiba quais são as cinco crises internacionais que Lula pode causar na presidência do Brics
Elon Musk está criando uma cidade própria para abrigar seus funcionários no Texas
CEO da moda acusado de tráfico sexual expõe a decadência da elite americana
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná