Vacina da Pfizer de Covid-19.| Foto: Américo Antônio / Sesa
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Prestes a entrar na reta final da imunização da Covid-19, o governo do Paraná mantém o fundo de R$ 200 milhões criado em agosto de 2020 para comprar vacinas. O valor segue integral, já que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) não precisou adquirir doses graças ao fornecimento do Ministério da Saúde, dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI).

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Segundo a Sesa, o fundo é mantido porque ainda não está descartada a necessidade de comprar imunizante no Paraná, mesmo com o avanço no cenário epidemiológico justamente graças a imunização iniciada em janeiro. "O valor está provisionado no Fundo Estadual de Saúde. Embora o Ministério da Saúde tenha o monopólio da compra de vacinas de Covid-19, mantemos o recurso para caso seja necessário em caráter emergencial", informa a Sesa por nota.

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O destino do valor, caso não seja necessário adquirir mais vacinas além das fornecidas pelo Ministério da Saúde, ainda não foi definido. "A Secretaria de Saúde avalia futuramente o cenário e em que momento o recurso poderá ser usado", afirma a pasta.

Em setembro, a Sesa já havia adiantado que a compra direta de vacina estava descartada pelo menos por enquanto: "Só serão adquiridas doses por parte do estado se a estratégia do PNI não funcionar". Também em setembro, o Instituto Butantan se tornou o primeiro laboratório autorizado a vender doses a estados e municípios após entregar todas as vacinas Coronavac encomendadas pelo Ministério da Saúde.

Metade do fundo estadual para vacinas é do caixa do próprio estado. Seis meses após a crise sanitária ser declarada, o governo teve aprovada emenda no Orçamento permitindo aporte de R$ 100 milhões para a Sesa adquirir vacinas. Os outros R$ 100 milhões foram repassados pela Assembleia ao governo a partir de economias no Poder Legislativo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Por que o Paraná não comprou vacinas?

Ao longo da pandemia, o Paraná chegou a estabelecer contatos com laboratórios para adquirir vacinas de Covid-19. Porém, o governo federal decretou que toda compra de vacina contra o coronavírus deveria ser exclusivamente pelo Ministério da Saúde para distribuição pelo PNI.

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Desde janeiro, o estado distribuiu aos municípios 17,6 milhões de doses enviadas pelo PNI. O Paraná está com 56,26% de toda a população completamente imunizada com duas doses ou com a vacina de dose única da Janssen.

Tanto o governador Carlos Massa Ratinho Jr quanto o secretário de Saúde Beto Preto sempre defenderam a capacidade do Ministério da Saúde de suprir a demanda do estado por doses. Mesmo assim, o governo chegou a abrir negociações por conta própria com três laboratórios, além de formar um consórcio com os governo de Santa Catarina e Rio Grande do Sul na tentativa de adquirir doses. Nenhuma dessas negociações avançou.

O Paraná chegou a surpreender em agosto de 2020 ao firmar acordo com o governo da Rússia não só para adquirir mas também para produzir a vacina Sputnik V no Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Porém, quatro meses depois, em dezembro, o fundo russo que financiou a pesquisa do imunizante desistiu do acordo. Outros laboratórios que chegaram a abrir conversas com o Paraná para fornecimento de vacinas ainda em 2020 foram o chinês Sinopharm e o americano Pfizer.