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“Vamos fazer diferente o que minha família sempre fez”, afirma engenheira agrônoma| Foto: Cristina Cardoso/Divulgação/Integrada

O sonho do jovem do campo deixou de ser a cidade grande. Pelo menos para quem enxerga no agro a oportunidade de manter a tradição e o legado dos negócios familiares. O mundo digital encurtou distâncias, divisas geográficas e até fronteiras, o que possibilitou o acesso às tecnologias para inovação na produção agrícola, estimulando a sucessão familiar.

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“Nosso objetivo é preparar o jovem para a sucessão familiar. Se no passado, o jovem no campo, no agro, não tinha contato, hoje, o jovem tem a oportunidade de entrar em contato com o que existe de vanguarda, como altas tecnologias e o metaverso. Não precisa mais ir aos grandes centros ou para fora do país para conhecer e ver o que tem de novo no mercado”, afirmou Haroldo Polizel, superintendente geral da Cooperativa Integrada, anfitriã do evento Cooperlíder Jovem. O encontro foi promovido pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Londrina (PR), onde foi lançada a sede da Integrada no metaverso.

Além de eliminar a distância geográfica, o mundo digital rompeu o abismo entre as gerações na área rural. A engenheira agrônoma Catarina Contin Gallerani, 31 anos, teve a primeira experiência com o metaverso durante o evento e aposta nas inovações tecnológicas para dar continuidade ao negócio da família, que produz laranjas, iniciado pelo avô em um sítio em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro paranaense.

“Eu puxo a parte moderna e tecnologia. Vamos fazer diferente o que minha família sempre fez. Continuo a tradição, o legado de produzir laranjas há 20 anos. Mas hoje não precisamos mais pulverizar as mudas pequenas com o pulverizador costal. A gente tem um equipamento em que o trator pulveriza tudo. É mais fácil manter essa tradição quando a cooperativa e a tecnologia entram como bases de sustentação”, ressaltou.

Ela lembra que, se o avô precisasse de uma peça, duas décadas atrás, teria que ir até a cidade, comparar com outra em uma loja antes de comprar e voltar ao campo para a troca ou manutenção. “Hoje, pelo celular, a gente manda a foto ao vendedor que entrega e ainda posso fazer pedido pela internet, fora as possibilidades do metaverso com a visualização da peça e explicações de como testar o equipamento ou fazer a manutenção”, comentou. “Eu vejo esse avanço da geração do meu avô para a minha. As próximas gerações vão ver outros avanços com a chegada do metaverso e novas tecnologias que vão aparecer. Isso facilita muito”, acrescentou.

Catarina ainda destaca a importância do cooperativismo no processo para redução de custo e acesso às ferramentas. “Na minha cidade, dentro da minha propriedade, eu não teria acesso ao treinamento ministrado por uma pessoa experiente e também não teria acesso ao equipamento que tem um custo elevado. Dentro da cooperativa, esse custo cai muito com compartilhamento das informações e tecnologia.”

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