Nos próximos anos o Paraná pode se tornar um polo nacional de produção de vacinas. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) protocolou junto ao Ministério da Saúde um pré-projeto para desenvolvimento de uma planta multivacinas, com vistas a atender o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Uma vez consolidada, a fábrica pode colocar o Tecpar como terceiro maior produtor de vacinas do Brasil, atrás do Instituto Butantan, em São Paulo, e Biomanguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.
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Segundo a assessoria de comunicação do Tecpar, a previsão é de que o projeto seja licitado em 2021. "A intenção com essa planta é instalar plataformas tecnológicas das mais variadas vacinas para fazer do Tecpar um polo alternativo aos já existentes no Brasil, com acordos com companhias farmacêuticas visando a transferência de tecnologia ao instituto", diz o órgão.
O custo para construção da planta multivacinas é estimado em R$ 1,2 bilhão. De acordo com o Tecpar, a ideia é que esse investimento seja custeado pelo Ministério da Saúde "e por eventuais parceiros, como forma de diversificar fornecedores de vacinas no país e dar mais segurança ao fornecimento aos brasileiros."
Criado em 1940, o Tecpar atua desde sua fundação na produção de medicamentos biológicos, vacinas e kits de diagnóstico para uso animal e humano. Como laboratório oficial, fornece insumos, medicamentos e vacinas ao Ministério da Saúde, entre elas a vacina antirrábica veterinária, produzida pelo instituto há 40 anos e que conseguiu controlar casos de raiva humana e animal.
Em relação à Covid-19, o governo do Paraná e o Fundo de Investimento Direto da Rússia possuem um memorando de entendimentos para cooperação técnica sobre a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya. Na terça-feira (24), os desenvolvedores anunciaram que dados preliminares indicam uma eficácia de 95% na imunização. A parceria tem a expectativa de realização da fase 3 dos estudos clínicos da vacina no Brasil, bem como uma eventual produção no país, por meio do Tecpar.
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