Duas pessoas foram presas após conflito envolvendo manifestantes e a tropa de choque da Polícia Militar (PM) do Paraná durante tentativa de bloqueio de acesso à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. Nesta segunda (9), o governo do Paraná informou que, além da atuação que conteve os protestos na Repar, em respeito à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), prepara ações para desmobilizar os atos em frente aos quartéis militares, que agrupam pessoas contrárias à eleição do presidente Lula (PT) e favoráveis à intervenção federal pelas forças armadas.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
A possibilidade de manifestações na Repar e em outras refinarias havia sido levantada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) ainda no domingo. A entidade diz ter alertado autoridades do governo e da Petrobras dos riscos. Os manifestantes estariam seguindo convocações feitas pelas redes sociais com o objetivo de impedir o fornecimento de combustíveis no país. Na noite de domingo, enquanto os manifestantes se mobilizavam em frente à refinaria paranaense, houve despejo de terra com a tentativa de impedir acesso à entrada. A PM precisou usar bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cobrou nas redes sociais, no domingo, ação da PM na Repar. Ao postar um vídeo dos manifestantes, chamava atenção do governador do Paraná, Ratinho Junior, para tomar medidas contra a ação: “Alô, Ratinho Jr., o povo precisa de combustível, não de vandalismo e delinquência”, escreveu.
Na manhã desta segunda, o governo do Paraná informou que a tentativa de bloqueio de acesso à Repar foi desmobilizada após atuação do Batalhão de Choque da PM. Em nota, confirmou que duas pessoas foram presas no local e que lideranças do movimento estão sendo identificadas e seus nomes, encaminhados para o Poder Judiciário. Também mencionou que vem atuando, por meio da Secretaria da Segurança Pública, para impedir novos bloqueios em estradas e que dialoga com as forças federais. “O Estado do Paraná também se colocou à disposição do Ministério da Justiça para auxiliar no que for preciso para a retomada da ordem e da paz na capital federal”, mencionou, em nota, confirmando ainda que as forças de segurança preparam ações para desmobilizar os atos em frente aos quartéis, em respeito à decisão do STF.
PM diz que dialoga com manifestantes para iniciar desmobilização
A secretaria da Segurança do estado afirmou que está dialogando com os manifestantes em frente aos quarteis militares de Curitiba para início das desmobilização dos grupos: “Iniciou a mediação, falando que as pessoas desocupem essas vias para que seja dado o cumprimento da ordem. As polícias Militar e Civil estão fazendo uma avaliação de risco para que tenhamos a menor possibilidade de confronto. Não queremos isso e, caso não saiam, teremos que efetuar prisão. A PM está fazendo uma avaliação e até a hora do almoço teremos um diagnóstico do estado do Paraná. A partir da tarde pretendemos começar a desobstrução”, disse pela manhã o coronel Hudson Leôncio Teixeira, secretário da Segurança Pública do Paraná.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião