A análise feita pela Fiocruz de testes positivos de Covid-19 de pacientes do Paraná mostrou que 24 variantes diferentes do novo coronavírus já circularam pelo estado. Entre elas está a variante indiana, também conhecida como “delta”, uma das cepas incluídas pela OMS entre as mais preocupantes. A morte de uma grávida em Apucarana foi a primeira causada pela variante indiana no Brasil, mas, pelo menos por enquanto, o Paraná não registra transmissão comunitária desta cepa.
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Quinzenalmente, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) envia testes positivos de Covid para a Fiocruz para que seja feito esse monitoramento das variantes em circulação no estado. Entre as 925 amostras enviadas, 599 tiveram os resultados analisados e a maior predominância é das variantes zeta (P.2, identificada primeiro no Rio de Janeiro) e gama (P.1, originada na região amazônica).
“A P.1, também conhecida como gama, é a variante que surgiu em dezembro do ano passado em Manaus, capital do Amazonas, e atualmente é a variante de maior circulação no Paraná e no Brasil, segundo o que já temos catalogado. Alguns estudos apontam que essa variante tem maior potencial de transmissão, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde uma das de preocupação", explicou Irina Riediger, diretora técnica do Lacen.
Estudos preliminares divulgados pelos fabricantes das vacinas contra a Covid-19 mostraram que as opções disponíveis no Plano Nacional de Imunização (PNI) são eficazes na prevenção de casos graves e mortes causadas pelas variantes. Por isso, a recomendação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) é a vacinação em massa e a manutenção das medidas de precaução.
“Com a chegada do inverno, as pessoas acabam ficando em locais mais fechados. Insistimos na importância de manter os locais arejados e fazer o uso correto de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos. Estamos monitorando os contatos dos casos confirmados e realizando também o rastreamento em conjunto com as 22 Regionais de Saúde e seus municípios. O trabalho é complexo, mas nossos esforços estão voltados para que possamos identificar e alertar a população quanto aos riscos de contaminação”, explicou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
A meta da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) é vacinar toda a população acima de 18 anos, que soma cerca de 8,7 milhões de pessoas, até o fim de setembro. Para isso, aposta o governo do estado, o mês de agosto será decisivo, quando a Sesa planeja vacinar 80% dos paranaenses adultos com a primeira dose (aproximadamente 6,9 milhões de pessoas) e 40% com a segunda dose (cerca de 3,5 milhões de pessoas).
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