Toque de recolher pode ser decretado no Paraná para tentar frear o coronavírus

Beto Preto, secretário de saúde do Paraná, afirmou que o governo poderá publicar ainda nesta semana um decreto estabelecendo toque de recolher durante a madrugada em todo o estado. Segundo ele, a medida seria para conter a disseminação do coronavírus, que a cada dia registra mais casos no Paraná e, principalmente, em Curitiba. Nesta segunda-feira (30), por exemplo, a capital bateu novo recorde de doentes da Covid-19 capazes de transmitir o coronavírus.

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“Temos que tomar alguns cuidados com a circulação de pessoas, o que aumenta também a circulação do vírus. Uma das hipóteses que estão sendo colocadas em um decreto do governo do estado diz respeito à um bloqueio, um toque de recolher, entre às 23h até 5h do dia seguinte, até baixarmos esse número”, explicou o secretário em entrevista ao Bom Dia Paraná desta terça-feira. “Queremos diminuir o fluxo de pessoas, para que elas fiquem em casa. É difícil, mas queremos fazer uma estratégia ampla sem atingir a atividade comercial”, ressaltou.

“Pode faltar leitos, mas não é porque não ofertamos, é porque está no limite. Não temos mais equipes. É momento de olhar olho no olho e falar que temos um período difícil nos próximos 20 dias, justamente no período de Natal. Se puder, não saia, mas se precisar, saia com a maior proteção possível”, alertou. Nesta segunda-feira Márcia Huçulak, secretária de Saúde de Curitiba, disse que a cidade não tem equipes de saúde para ampliação de mais leitos na capital.

O secretário ressaltou a importância de a população cuidar com as festas de final de ano. “Estamos com 500 casos de surtos ativos de coronavírus no Paraná. Surtos familiares, surtos em empresas. Ou seja, o vírus está em transmissão comunitária. É preciso conscientização pública”, alertou. Em Curitiba, o último fim de semana foi marcados por aglomerações de jovens em bares e praças. Entre sábado e domingo, a prefeitura interditou 39 estabelecimentos, sendo que, em vários casos, foi necessária a intervenção da PM e da Guarda Municipal para dispersar os frequentadores.