Após escândalo de corrupção, Traiano assume cadeira de presidente da CCJ pelos próximos dois anos.| Foto: Orlando Kissner/Assembleia Legislativa do Paraná
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O deputado estadual Ademar Traiano (PSD) foi eleito como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para o biênio 2025-2026, na tarde desta terça-feira (10). A votação foi aberta, com a participação dos novos membros da comissão indicados pelos respectivos partidos.

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A sessão foi presidida pelo deputado Ney Leprevost (União), segundo vice-presidente da mesa diretora da Alep. O deputado Cobra Repórter (PSD) ficou com a vice-presidência da CCJ.

Traiano, que é o atual presidente da Casa, contava com o apoio do governador Ratinho Junior (PSD) e era o favorito para o cargo após articular a antecipação das eleições, apesar do caso de corrupção em que ele esteve envolvido e que veio à tona no último ano de mandato.

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A CCJ é considerada a comissão mais importante do Alep. Aliado de Traiano e de Ratinho Jr., Alexandre Curi (PSD) assume a presidência do Legislativo paranaense em fevereiro.

Traiano recebeu 8 dos 13 votos

Dos 13 novos membros da CCJ, oito votaram em Traiano, entre eles, Luiz Claudio Romanelli (PSD), que chegou a colocar o nome à disposição do partido para assumir o cargo, mas recuou por não receber apoio de Ratinho Junior, presidente estadual da sigla. O líder do governo, Hussein Bakri (PSD), também votou em Traiano.

Eleito para a função, Traiano afirmou que está na Casa há mais de 30 anos e que é preciso "entender o jogo” e, principalmente, não construir “inimigos” dentro da Assembleia. Ele ainda disse que não irá retaliar os adversários impedindo o prosseguimento dos processos no Legislativo, por meio de vetos na CCJ.

“Nós temos rivalidades e divergências dentro de um processo natural e quero agradecer a todos pela confiança e dizer até para aqueles que não votaram que os seus projetos estarão na pauta; podem ficar tranquilos. Eu sei fazer e sei jogar o jogo, apesar das divergências e de, muitas vezes de forma ingrata, ter sido acusado, sem a ampla defesa. Fui para o meu canto, tenho couro duro, sei enfrentar e sei da vida de todos. Jamais usarei minha força como homem público para agredir”, discursou.

Desafeto de Traiano, o deputado Renato Freitas (PT) também disputou a presidência da CCJ, mas recebeu apenas o próprio voto e da colega de partido Ana Júlia (PT). Luiz Fernando Guerra (União) e Marcio Pacheco (PP) foram outros nomes que se candidataram para a presidência da comissão e não receberam votos de outros deputados.

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“Eu não poderia me curvar diante do passado recente e de tudo que nós vimos que foi noticiado que a presidência desta comissão, que é a porta de entrada dos projetos que serão discutidos na Casa do Povo, seja presidida por alguém que, talvez, macule a imagem do parlamento”, afirmou Guerra, que foi autor de um mandado de segurança encaminhado à Justiça na tentativa de adiar a eleição para as comissões permanentes da Alep, assinado junto com os deputados Fábio Oliveira (Podemos) e Requião Filho (PT). Membro da CCJ, o deputado estadual Tito Barichello (União) não estava presente na eleição.

Como votaram os deputados na eleição de Traiano como presidente da CCJ

Votos em Traiano

  • Ademar Luiz Traiano (PSD)
  • Luiz Claudio Romanelli (PSD)
  • Hussein Bakri (PSD) 
  • Cobra Repórter (PSD) 
  • Ricardo Arruda (PL) 
  • Mabel Canto (PSDB) 
  • Alisson Wandscheer (SD)
  • Soldado Adriano José (PP) 

Votos em Freitas

  • Renato Freitas (PT) 
  • Deputada Ana Julia (PT) 
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Votou no próprio nome

  • Luiz Fernando Guerra (União) 
  • Marcio Pacheco (PP)

Ausente

  • Tito Barichello (União) 
Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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