Por 4 votos a 3, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná cassou na tarde desta quarta-feira (23) o mandato do prefeito de Pontal do Paraná, Marcos Fioravante, o Marcos Casquinha (PSB), e do seu vice, Fabio de Oliveira (PP), por irregularidades nos gastos da campanha eleitoral de 2016. O voto de minerva foi do presidente do TRE, desembargador Gilberto Ferreira. Uma nova eleição deve ser marcada na cidade.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Casquinha ainda pode apresentar embargos de declaração ao próprio TRE, mas, em recursos do tipo, a decisão de mérito não é alterada. Ele também pode apelar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas só a entrada do recurso em Brasília não gera efeito suspensivo à decisão do colegiado no Paraná. Ele precisaria obter uma liminar específica do TSE para interromper a organização do pleito e se manter no cargo enquanto contesta o acórdão do TRE.
O entendimento agora é de que, após a análise dos embargos de declaração do TRE, o presidente da Câmara de Vereadores, Fabiano Alves Maciel (PV), o Binho, já pode assumir a cadeira do Executivo, e ficar até o resultado do novo pleito.
A cassação da chapa de Casquinha já havia sido determinada pela Justiça Eleitoral de primeiro grau, mas houve recurso ao TRE, agora julgado.
A representação contra a chapa encabeçada por Marcos Casquinha foi movida pelo segundo colocado nas urnas, Edgar Rossi (PSD), que perdeu o pleito por uma diferença de apenas 83 votos.
O advogado de Rossi, Luiz Gustavo Andrade, disse à Gazeta do Povo que a acusação se baseou em três principais fatos: doação de combustível a eleitores no dia do pleito, pagamento de despesa antes da abertura de conta bancária e utilização de CPF de terceiros para justificar doação de fonte desconhecida.
“Houve um gasto de campanha muito grande que não passou pela prestação de contas”, disse o presidente do TRE durante o julgamento desta quarta-feira (23). Para ele, isso teria sido “determinante para o desequilíbrio do pleito”.
A Gazeta do Povo não conseguiu contato com a defesa do prefeito de Pontal do Paraná.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião