Os usuários e os motoristas de aplicativos de transporte de passageiros em breve vão contar com novos recursos para garantir sua segurança, como a gravação de áudio das viagem e o monitoramento de paradas que não estavam previstas na rota. E tudo o que ficar registrado poderá ser compartilhado com a polícia e utilizado em investigações. As medidas foram divulgadas pelo Uber após reunião com a Polícia Civil do Paraná na última semana.
“Motoristas parceiros e usuários passarão a ter em breve a opção de gravar o áudio de uma viagem por meio de um botão na Central de Segurança do app, antes ou durante a viagem, em algumas regiões. Concluída a viagem, se desejarem informar algum problema, podem também encaminhar o arquivo de áudio para a Uber”, explica o gerente de comunicação para assuntos de segurança da empresa, Marcio de Meo. Se for o caso, o arquivo encaminhado à empresa poderá ser compartilhado com a polícia e utilizado em investigações.
No caso das paradas não planejadas, a partir da identificação de um evento desses, a empresas entrará em contato com o motorista e o usuário para verificar se eles estão em alguma situação perigosa e precisam de ajudar. “É um primeiro passo em oferecer proativamente suporte aos usuários e motoristas durante uma viagem”, diz Meo.
Além de inibir ações que ponham em risco motoristas e passageiros, os novos recursos devem devem aumentar o rol de informações que a Uber pode passar à polícia durante a investigação de crimes envolvendo quem utiliza o aplicativo. Essa cooperação foi tema do encontro da empresa com representantes da Agência de Inteligência, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Delegacia da Mulher, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especiais (Tigre) do Polícia Civil do estado.
Na reunião, foram apresentados os dados que a empresa dispõe e que podem, de acordo com a lei, ser compartilhados com a polícia. “Os dados são divididos em dados cadastrais, como nome, telefone, e-mail, etc.) e dados pessoais, como trajeto e GPS da viagem, entre outros”, diz o Meo.
Além disso, os policiais conheceram os canais da empresa para solicitação de informações durante investigações e casos em que as tecnologias de segurança já disponíveis podem ser úteis às autoridades policiais, mesmo sem o envolvimento direto de motoristas e passageiros, como o do atentado de Westminster, em 2017, quando um homem lançou seu carro sobre pedestres e esfaqueou um policial desarmado, deixando cinco mortos e dezenas de feridos.
“Na ocasião, tendo o local exato e a hora exata da ocorrência, conseguimos identificar usuários e motoristas de Uber que estavam na região e que poderiam ter testemunhado o caso - até para saber se havia mais pessoas envolvidas no ataque. E, de fato, um deles se mostrou uma testemunha chave, tendo inclusive gravado o incidente em seu celular”, conta Meo.
Outros recursos
Além da gravação de áudio das viagens e o monitoramento de imprevistos durante o trajeto, a empresa está implantando novidades no sistema de verificação de identidade do motorista em tempo real, que hoje é feita por meio da solicitação aleatória de selfies: em breve, ela será feita também por imagens em movimento.
A empresa afirmou ainda que vai verificar os documentos de quem optar por não incluir meios de pagamento digitais e sinalizou que está disposta a implantar no Brasil a tecnologia que permite o compartilhamento em tempo real de informações da viagem com autoridades policiais, a qual está disponível em algumas cidades dos Estados Unidos e do México.
Procurada, a Polícia Civil do Paraná não se manifestou ainda sobre as estratégias debatidas com o Uber.
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