O calendário do segundo semestre letivo de 2021 está mantido na Universidade Estadual de Londrina (UEL), e as aulas presenciais no campus devem ser retomadas a partir da próxima segunda-feira (24) de forma escalonada. Alguns cursos, porém, decidiram aguardar mais tempo para colocar os estudantes de volta às salas de aula e vão retornar com as atividades de forma remota.
A decisão por manter o calendário, sem adiamentos ou suspensão geral das atividades presenciais – como a anunciada pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) –, foi tomada na manhã desta quinta-feira (20) pelo comitê de Vigilância Sanitária que monitora os casos de Covid-19 na instituição. Os dados epidemiológicos da doença na cidade não justificariam o adiamento da volta às aulas presenciais, apurou a Gazeta do Povo.
Outro fator que influenciou a decisão foi o alto grau de vacinação do público universitário. Um levantamento feito pela UEL mostrou que 98,9% dos estudantes e dos professores e 98,6% dos agentes universitários tomaram as vacinas contra a Covid-19.
Ainda assim, e por conta da autonomia que têm junto à universidade, os cursos do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA) decidiram por retornar às aulas de forma remota. Desta forma, estudantes dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Secretariado Executivo e Serviço Social só devem voltar presencialmente às salas de aula a partir de fevereiro.
Retorno escalonado às aulas presenciais
O retorno das aulas na UEL será feito de forma escalonada. A maioria dos estudantes, cerca de 6 mil deles, vão voltar às salas de aula no dia 24 de janeiro. Outras turmas têm retorno marcado para os dias 31 de janeiro; 1º, 7, 14 e 21 de fevereiro e 7 de março. A definição para cada uma das turmas de cada um dos cursos da universidade está disponível no site da UEL.
UEL sem “passaporte vacinal”, mas com restrições
Ao contrário de outras universidades estaduais, como a de Maringá (UEM) e a de Ponta Grossa (UEPG), na UEL não será exigido um comprovante de vacinação para que o estudante tenha acesso às salas de aula. Mas a reportagem apurou que a gestão da universidade deve publicar nesta sexta-feira (21) uma normativa que restringe o acesso dos não vacinados a outros ambientes do campus, como o Restaurante Universitário e as bibliotecas.
A reportagem entrou em contato com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), órgão do governo responsável pelas universidades estaduais, que informou que cada instituição tem autonomia para tomar decisões sobre o calendário letivo e a adoção de medidas restritivas.
Como será o retorno nas universidades estaduais
Na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) os estudantes precisarão apresentar o comprovante de vacina para poderem assistir às aulas presenciais. Assim como na UEL, as aulas na Unioeste estão previstas para retornarem no dia 24 de janeiro. Os universitários terão até a véspera do retorno para acessarem o sistema da universidade e anexarem o comprovante de vacinação.
A Unioeste também vai permitir que aqueles que, por quaisquer motivos, tenham alguma indicação médica que impede a vacinação anexem no sistema o laudo comprobatório de sua condição de saúde. Aos que optarem por não se vacinar, a Unioeste vai exigir a realização semanal de um exame RT-PCR. Os resultados terão que ser protocolados junto à Coordenação Acadêmica, e a exigência será mantida até que o estudante comprove a vacinação. Em caso de descumprimento das normas, a matrícula do estudante poderá ser trancada pela Unioeste para o ano letivo de 2021.
A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) tinha programado inicialmente o retorno às aulas presenciais para a última terça-feira (18). O aumento nos casos de Covid-19, porém, fizeram com que a reitoria decidisse pelo início de forma remota, com o retorno às salas de aula adiado para o próximo dia 31. Por lá também será exigido o comprovante de vacinação para o retorno às aulas presenciais.
Na Universidade Estadual do Paraná (Unespar) o retorno às aulas presenciais está marcado para o dia 2 de fevereiro. Uma semana antes, no dia 24 de janeiro, uma reunião com a Comissão de Avaliação e Planejamento de Ações de Combate à Disseminação do Novo Coronavírus no Âmbito da Unespar deve deliberar sobre a volta dos estudantes às salas de aula.
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