Em reunião extraordinária realizada nesta quinta-feira (25), o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) decidiu retomar o calendário acadêmico, que foi suspenso em reunião no dia 9 de julho com efeito reatroativo até 27 de junho. Professores da instituição mantêm a greve por tempo indeterminado.
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A retomada foi aprovada por 15 votos contra nove. "Ela permite a renovação dos contratos de professores colaboradores que vencem em julho e possibilita a contratação de novos docentes aprovados em teste seletivo, após a tramitação da autorização do governo que já está em curso", disse a universidade em nota.
Na prática, um calendário suspenso impossibilita que um professor dê uma atividade acadêmica, ainda que queira. Com o calendário aberto, professores que não aderiram à greve poderão seguir seu cronograma de aulas.
Das sete universidades estaduais, outras três estão com o calendário acadêmico suspenso: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp).
Em assembleia da Seção Sindical dos Docentes da UEPG (SindUEPG) realizada na noite de quarta-feira (24), professores da instituição rejeitaram a proposta de reajuste salarial feita pelo governo, mantendo o estado de paralisação. A proposta de reposição apresentada pelo governo prevê reajuste de 5,09%, parcelados até 2022. A primeira parcela, de 2%, seria paga em janeiro de 2020, enquanto as demais, de 1,5% ficariam para 2021 e 2022, condicionadas a metas de arrecadação do estado. Nas palavras do presidente da entidade, Marcelo Ferracioli, a proposta de reajuste é “vexatória”.
Docentes da UEL também participaram de assembleia geral da categoria nesta quarta. Na reunião, embora estivesse prevista na pauta, não houve deliberação sobre a greve, que fica mantida até decisão contrária. A assembleia foi suspensa e será mantida aberta para continuidade em uma nova data, segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel).
Além do reajuste, os professores universitários estaduais têm outras reivindicações na pauta da greve, como o arquivamento da Lei Geral das Universidades (LGU) e do PLC 04/2019, além da nomeação de professores concursados e da realização de novos concursos.
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