Universidade Estadual de Londrina decide suspender greve iniciada em junho| Foto: José Ogiura/ANPr

Os professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) decidiram suspender a greve iniciada no fim de junho a partir da próxima segunda-feira (5). A decisão foi tomada em assembleias realizadas na noite desta quarta-feira, 31 de julho. A decisão veio dois dias após a reunião entre o governo e representantes as instituições estaduais de ensino superior, na qual foi acertada a contratação de professores temporários para o segundo semestre.

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Na Uenp, as aulas serão retomadas na própria segunda-feira. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (1º), em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. O calendário da instituição ainda não foi reestruturado, mas, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição, a expectativa é que o segundo semestre letivo seja finalizado oficialmente em fevereiro de 2020.

A retomada das aulas na UEL também pode acontecer no dia 5. A decisão deve ser tomada em reunião extraordinária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) que será convocada para discutir o calendário acadêmico. A divulgação do novo calendário será feita apenas após o encerramento da reunião.

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UEM retoma calendário

Mesmo sem a suspensão da greve, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovou também nesta quinta-feira a retomada do calendário acadêmico da instituição. A “suspensão da suspensão” do calendário não estabelece um cronograma para reposição das aulas, o que será feito apenas após o fim da paralisação.

Em nota, a universidade explica que a decisão “visa atender a renovação de contratos de cem docentes temporários, que estão vencendo, e também a manutenção dos contratos de outros professores temporários até o final do ano”.

Depois de participar da reunião que decidiu pela retomada do calendário, o presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá (Sesduem), Edmilson Silva, apenas reforçou a mensagem da própria universidade. “É muito importante destacar o que o reitor disse antes e depois dessa reunião: essa decisão não interfere em nada na greve. E o novo calendário só vai ser discutido e iniciado após o fim da greve”. Conforme ele, não há previsão para convocação de assembleia.

A situação da UEM é semelhante à da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que decidiu pela retomada do calendário no dia 25 de julho. Dias antes do acerto sobre a contratação de professores temporários, a instituição já justificou a decisão a partir da possibilidade de contratar novos professores.

“[A retomada] permite a renovação dos contratos de professores colaboradores que vencem em julho e possibilita a contratação de novos docentes aprovados em teste seletivo, após a tramitação da autorização do governo que já está em curso", diz nota da universidade.

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Para a Seção Sindical dos Docentes da UEPG (SindUEPG), a decisão provoca “dúvidas e incertezas”, já que, ao mesmo tempo em que a instituição afirma respeitar a greve, orienta que os alunos entrem em contato com cada professor para saber se haverá aula ou não. O SindiUEPG informa ainda que a greve está mantida e que não há previsão de convocação de assembleia da categoria.

Outras instituições

Nas Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a greve também está mantida - assim como o calendário acadêmico, que não chegou a ser suspenso em nenhuma das duas instituições.

De acordo com o Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro), após as decisões dos professores da UEL e da UENP, uma nova assembleia deve ser marcada na próxima semana, mas a data ainda não está certa.

Por outro lado, os docentes da Unespar afirmam que aguardam o início dos trabalhos da Assembleia Legislativa e a retomada sobre as discussões sobre a data-base, na próxima segunda-feira, para marcar a próxima assembleia da categoria.

A reportagem não conseguiu contato com o sindicato que representa os professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), mas não há indicação de suspensão de greve.

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