UFPR, UTFPR, PUC, Universidade Positivo e as sete instituições estaduais de ensino superior, como UEL, UEM e UEPG, ainda priorizam o ensino remoto, na esteira da pandemia do coronavírus. E a data de retorno das aulas presenciais ainda não está clara, mesmo com o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19. A Gazeta do Povo procurou as instituições para tratar do tema entre quarta-feira (14) e quinta-feira (15) – veja abaixo a resposta de cada uma delas.
Um dos grupos prioritários da fila de imunização, o público dos trabalhadores ligados ao Ensino Superior (não apenas professores, mas também funcionários em geral) já foi integralmente chamado para receber ao menos a primeira dose em Curitiba. E, em todo o Paraná, cerca de 90% já teriam se vacinado com a primeira dose, segundo a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), do governo do Paraná. De acordo com o Censo de Educação Superior de 2019, do Ministério da Educação, o Paraná tem cerca de 56.223 profissionais nas instituições de ensino superior, entre professores e trabalhadores administrativos.
Dados do “vacinômetro do SUS” consultados pela reportagem no início da tarde desta sexta-feira (16) apontam que 30.780 trabalhadores ligados ao Ensino Superior receberam a primeira dose e 186 também receberam a segunda dose. Outros 145 receberam a dose única, da vacina da Janssen. Mas o número de vacinados é maior, segundo a Seti, porque parte destes trabalhadores já teriam sido chamados antes, por pertencerem a outros grupos prioritários, como o dos idosos, por exemplo.
PUC
A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) informou que, para o segundo semestre, decidiu manter o modelo que chama de HyFlex. “O início das aulas para veteranos e calouros será no dia 2 de agosto. É importante ressaltar que será mantida a possibilidade de o estudante escolher se deseja ir ou não até à universidade, quer seja para atividades práticas laboratoriais ou aulas no modelo HyFlex”, explicou. A PUC implantou no primeiro semestre, em pequena escala, um revezamento dos estudantes nas aulas presenciais, inspirada em um modelo batizado internacionalmente como Hyflex. A ideia é que parte de cada turma esteja em sala de aula, enquanto a outra acompanha as atividades remotamente, ao vivo. Isso funciona em sistema de revezamento, exceto para estudantes que não possam, por qualquer motivo, comparecer às aulas presenciais.
“Assim como na migração para o modelo remoto, em que pesquisas semanais seguidas de ajustes contínuos foram adotados até que estudantes e professores estivessem seguros da qualidade da formação em curso, também o retorno à presencialidade será gradual e pautado em avaliações e melhorias. Além do retorno gradual, a universidade adotará outras formas de presencialidade para que a maior quantidade de estudantes tenha o retorno gradual, como a oferta de atividades em contraturno (tira-dúvidas com professores e coordenadores, por exemplo) e agendamento de atividades laboratoriais”, informou a PUC.
Positivo
A Universidade Positivo (UP) disse que está em fase de planejamento dos próximos passos e informou que “novas diretrizes serão divulgadas aos alunos antes do início do semestre em 2 de agosto". A UP “segue estudando e monitorando as atualizações dos protocolos e diretrizes do Estado do Paraná e do município de Curitiba, assim como a evolução do cenário da pandemia na região e suas fases, para a definição sobre a volta de todas as atividades práticas presenciais no campus”. Assim, por enquanto, a UP permanece com aulas remotas. A exceção são algumas aulas práticas de cursos ligados à área de saúde, que já estão em formato presencial desde o primeiro semestre.
“A Instituição segue com o Ensino Remoto Síncrono Emergencial (ERSE) para as aulas teóricas, em que os alunos contam com um dos mais modernos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) do mundo, no qual as aulas têm sido realizadas de forma síncrona, ou seja, com o mesmo docente das respectivas disciplinas, com interação em tempo real entre professor e aluno, e também de forma assíncrona, no qual são disponibilizados fóruns e conteúdos que são abordados nas aulas. Com relação às aulas práticas, a UP já vem realizando desde o primeiro semestre algumas atividades presenciais dos cursos da área da saúde e, sempre que possível, ampliará a presencialidade com novas áreas, cursos e turmas”, informou a UP.
UFPR
Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), o retorno às atividades presenciais já está acontecendo por meio das chamadas “atividades práticas emergenciais”, mas, a partir do mês de setembro, a quantidade de aulas “ dentro de sala” deve aumentar. A ideia é que todas as disciplinas práticas possam ser ofertadas como atividades emergenciais, “a partir da solicitação do professor responsável e desde que aprovadas pelo Colegiado do Curso e autorizadas pelo Comitê de Biossegurança”. Já as disciplinas teóricas “seguem sendo ofertadas por meio do ensino remoto e obedecendo às fases de restrição impostas pela pandemia de Covid-19”.
“No momento, apenas disciplinas práticas estão nesse processo e em pequeno número neste semestre. A expectativa é que, para o próximo ciclo anual (previsto para iniciar em setembro), o número de disciplinas aumente, já que as coordenações de curso estão se planejando para a integralização curricular. Assim, independentemente da fase de restrição da pandemia, as disciplinas práticas poderão ser exercidas por meio desse dispositivo”, detalhou a UFPR.
UTFPR
Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), as aulas estão sendo ministradas integralmente como “Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNPs)” nos 13 campi. “Possíveis mudanças para o próximo período letivo (o atual período letivo segue até 4 de setembro) serão discutidas previamente nos conselhos superiores da universidade”, informou a UTFPR.
UEL, UEM e UEPG
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) informou que o calendário da graduação prevê continuidade das atividades remotas neste próximo semestre letivo, com abertura gradual e excepcional de atividades presenciais, conforme definição do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, “considerando os princípios da qualidade do ensino, inclusão social e segurança sanitária”.
Com base em protocolos de biossegurança, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 na Universidade Estadual de Maringá (UEM) vai encaminhar uma proposta para deliberação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. A proposta apresenta uma possibilidade de retorno, quando possível, que considera cinco fases: fase 1 (roxa), fase 2 (vermelha), fase 3 (laranja), fase 4 (amarela), fase 5 (verde) e “novo normal”.
As fases levam em conta a chamada “matriz de risco” adotada pela Secretaria Municipal de Saúde de Maringá e que é monitorada constantemente pelo Grupo Complex-Lab do Programa de Pós-Graduação em Física da UEM. Os dados relativos à matriz de risco são divulgados diariamente por meio do boletim epidemiológico publicado pela Prefeitura de Maringá, com informações sobre taxa de transmissão e taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Já a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) informou que está seguindo o calendário do ano letivo 2021/2022, que foi definido em dezembro, com aulas remotas e aulas práticas somente para os cursos da saúde. “Possíveis alterações dependem de reunião e decisão dos conselhos superiores da universidade”, informou.
Unioeste e Unicentro
O calendário de 2021 atrasou na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unioeste aprovou o calendário acadêmico do ano letivo de 2021 para os cursos de graduação com início em 3 de novembro de 2021 e encerramento em 13 de agosto de 2022. “A reitoria segue atenta ao calendário de vacinas e segue a discussão sobre o retorno presencial seguro durante o próximo ano letivo”, informou a Unioeste. Por enquanto, há aulas presenciais apenas para disciplinas práticas ligadas à área da saúde “ou cursos que demandaram pedidos de retorno de práticas, com diminuição de alunos nos espaços e uma série de restrições”.
Na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), o calendário acadêmico de 2021 também só começou agora, neste mês de julho. A reitoria disse que está “monitorando o andamento das vacinas, bem como a situação de cada local que possui campi da universidade, com objetivo de avaliar o melhor momento para o retorno presencial das aulas”. “Assim que considerar possível um retorno com segurança, a reitoria irá levar a decisão para os Conselhos Superiores, para deliberar sobre a data e modelo de retorno”, informou.
Uenp e Unespar
Na Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) está vigente uma resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão que definiu o regime remoto das atividades acadêmicas “por tempo indeterminado, enquanto perdurarem os efeitos da pandemia do coronavírus”. “O retorno das aulas presenciais no âmbito da Uenp será condicionado à autorização das esferas competentes, considerando a situação da pandemia no Brasil”, informou a Uenp.
Na Universidade Estadual do Paraná (Unespar) também vigora o “Programa de Ensino Remoto Emergencial” e somente o curso de Enfermagem está parcialmente com aulas presenciais. “O retorno das aulas presenciais na Unespar será discutido e decidido pelos conselhos da universidade”, informou a Unespar.
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