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Imagem ilustrativa.| Foto: Pixabay

A União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES) publicou em seu perfil no Instagram uma postagem na qual afirma que estudantes da rede pública no Paraná estariam expostos à pornografia por causa de falhas no sistema de computadores das escolas estaduais. De acordo com a postagem, feita na última segunda-feira (12), esses equipamentos não teriam nenhum tipo de filtragem de conteúdo, o que possibilitaria o acesso dos alunos a conteúdos impróprios na internet. Em nota, a Secretaria de Educação do Paraná admitiu que 14% das escolas estaduais estão sem "filtro de conteúdo ativado", mas que o problema deve ser solucionado até o fim do ano.

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As denúncias postadas foram feitas à UPES, de acordo com a entidade, sob a condição de anonimato por professores e técnicos da rede estadual de ensino. Segundo esses denunciantes, não há nos computadores, de uso comum, a exigência de identificação com login e senha. Tal fato, alerta a UPES, diminui a segurança e a possibilidade de rastrear o autor de acessos a conteúdos indevidos.

A vulnerabilidade estaria afetando não só os computadores dos laboratórios, reforça a entidade, mas também os Educatrons, equipamentos multimídia utilizados pelos professores para acessarem conteúdos disponíveis na internet em sala de aula.

“Um dos professores que denunciou o caso relatou que na escola onde dá aulas, todos sabem do problema, alunos, professores e funcionários. Mas a Secretaria de Educação não toma nenhuma medida de segurança”, conclui a postagem da UPES.

Secretaria confirma que 300 escolas estão fora da rede da Celepar

Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria Estadual de Educação (SEED) informou, por nota, que as escolas da rede estadual de ensino contam com filtro de conteúdo instalado na rede de computadores. Segundo a pasta, no entanto, cerca de 300 colégios, 14% do total, ainda não estão ligados à internet contratada pelo Estado e administrada pela Celepar, a empresa pública de telecomunicações do Estado do Paraná.

“A maioria dessas instituições”, informa a nota, “está na zona rural e costumava contratar um provedor local de internet, com eficiência menor desse filtro”, aponta. A previsão do governo é de que o processo de integração desses colégios à rede de internet da SEED - onde contariam com maior proteção contra o acesso a conteúdos impróprios - deve ser finalizado até o final do ano.

O prazo é necessário, informou a secretaria, porque para garantir a eficácia são necessárias várias etapas, desde a aquisição de equipamentos até a implantação de protocolos digitais e treinamento técnico. “Muitos destes colégios ficam em locais de difícil acesso, sem infraestrutura de internet adequada”, reforça o documento, em que que agradece à UPES pela preocupação e garante que a pasta mantém as portas abertas para que entidades estudantis possam trazer questões como essa.

Veja a nota na íntegra

Todas as escolas têm filtro de conteúdo ativado, porém 297 colégios da rede estadual, equivalente a 14% do número total de colégios, ainda não estão ligados à internet contratada pelo Estado e administrada pela Celepar, empresa pública de telecomunicações do Estado do Paraná. A maioria dessas instituições está na zona rural e costumava contratar um provedor local de internet, com eficiência menor desse filtro.

Para que todas as instituições tenham o mesmo padrão, o Paraná montou a maior rede pública escolar da América Latina para conectar todas as escolas do Estado em uma única rede de internet. Esse processo garante uma rede mais estável e segura para todas as pessoas e deve ser concluído até o final deste ano. Além disso, o Estado contratou, por cerca de R$ 6 milhões, uma solução para bloquear conteúdo impróprio não apenas via rede, mas também nos computadores das escolas e nos celulares dos alunos conectados à internet das escolas. Isso envolve a aquisição de uma série de equipamentos, protocolos digitais, treinamento de pessoal técnico, instalação e suporte para bloquear não apenas conteúdo pornográfico, mas também a busca de imagens pornográficas via Google, por exemplo. 

Tanto a rede corporativa quanto o filtro começaram a ser instalados ainda no ano passado. Esse processo não é rápido por conta das características dos colégios da rede, pois muitos deles ficam em locais de difícil acesso, sem infraestrutura de internet adequada. Por fim, a secretaria gostaria de agradecer a UPES pela preocupação com as imagens acessadas pelos alunos e reforça que a entidade sempre teve as portas abertas na secretaria para trazer questões como essa.

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