Porto de Paranaguá recebeu três cargas de 30 unidades de blindados norte-americanos| Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
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O Porto de Paranaguá, no litoral paranaense, recebeu 30 viaturas blindadas especiais de posto de comando M577A2, neste mês de outubro, adquiridas pelo Exército Brasileiro. As recentes aquisições fazem parte do terceiro e último lote de um total de 90 veículos provenientes do Exército dos Estados Unidos, US Army, que serão adaptados para usos como ambulância, central de tiro e comunicações, seguindo o padrão das Forças Armadas.

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A última remessa consolida o Porto de Paranaguá como a porta de entra de veículos militares no país com um histórico desde 2016, quando 52 blindados foram importados. Em 2018, o número saltou para 100. No ano seguinte, o número caiu para apenas quatro, mas o transporte foi retomado com 30 veículos em 2020 e mais 20 em agosto de 2023, totalizando 206 veículos com os últimos blindados que chegaram neste mês.

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Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a estrutura portuária paranaense tem capacidade de atendimento para diversos tipos de carga, bem como variadas formas de desembarque. O Porto de Paranaguá é considerado o maior porto graneleiro da América Latina, o 3º maior porto de contêineres do Brasil e se fixa como parceiro das Forças Armadas.

" Já temos uma relação estreita com a Marinha do Brasil e também com o Exército, servindo como porta de entrada para a chegada de diversos equipamentos e mostramos, também, que temos estrutura para movimentar variados tipos de carga, além de sermos referência em granéis líquidos e sólidos", ressalta.

Logística para desembarque começa um mês antes da chegada do navio

Para desembarque dos blindados, a elaboração precisa começar com bastante antecedência. De acordo com o o diretor de operações da Portos Paraná, Gabriel Vieira, o Exército Brasileiro disponibilizou uma comitiva responsável pela logística com 30 dias de antecedência.

"Foi possível avaliar o local onde os equipamentos seriam recebidos e movimentados. A Portos participou do planejamento para a atracação e operação do navio, disponibilizou área para o recebimento e movimentação, além de atuar como fiel depositário nos trâmites junto à alfandega", detalha Vieira.

O Escalão Logístico da 5ª Região Militar de Curitiba participou das tratativas para operacionalizar o recebimento das viaturas a partir do desembarque no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), com a equipe da Divisão de Importação e Exportação de Materiais da Base de Apoio Logístico do Exército Brasileiro. O transporte da frota ficou a cargo da Seção Logística do Comando da 5ª Divisão de Exército, por intermédio do 27º Batalhão Logístico e do 5º Batalhão Logístico.

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"Após liberação da alfândega, as cargas foram movimentadas pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá do costado do cais até o pátio de cargas especiais da Portos do Paraná. Em seguida, os veículos foram içados para os caminhões e levados, pelo exército, até Curitiba", informou o Exército.

Portos do Paraná movimentam setores da economia

Além do histórico em recebimentos de veículos militares, o Porto de Paranaguá possui uma área de influência em 10 estados do país, além das transações internacionais. Nele, são movimentados pelo menos 13 setores da atividade econômica. O Porto de Antonina também contribui para o avanço nas exportações do estado.

Até agosto de 2023, os dois portos registram um incremento de 6% na movimentação no acumulado do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A maior eficiência da estrutura paranaense acabou compensando problemas climáticos, como as chuvas intensas que assolaram o estado, e fez os embarques e desembarques chegarem a 42.103.413 toneladas, contra 39.856.514 toneladas no mesmo período, em 2022.

Segundo Gabriel Vieira, diretor de operações da Portos do Paraná, os números no segundo semestre devem manter o ritmo dos seis primeiros meses do ano.

“Começamos o primeiro semestre com uma demanda bem intensa, sabíamos que iríamos produzir muito bem, e agora também registramos números muito favoráveis. O segmento de líquidos também está em alta e não podemos deixar de lado o segmento de fertilizantes, que teve uma retomada, comparada com agosto do ano passado ”, analisa.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]