O Contorno Leste de Londrina ligará a PR-445 (foto) à BR-369.| Foto: Divulgação/DER-PR
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Obra não prevista nas novas concessões de pedágio no Paraná, o Contorno Leste de Londrina só deve sair do papel com um financiamento à moda antiga. É o que defende João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Para ele, a via mais provável de custear as obras do contorno, que terá cerca de 23 quilômetros de extensão entre a PR-445 e a BR-369, é com recursos do Tesouro Nacional.

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“Quando se faz um pedágio, a população paga esse preço e o governo deixa de investir dinheiro dando manutenção naquelas rodovias. Só que além de deixar de gastar, o governo ainda arrecada os impostos em cima do pedágio. Ou seja, a população assume o custo que deveria ser exclusivamente do governo e ainda paga imposto sobre isso para o mesmo governo que não gastou nada”, comparou.

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Nas contas do gerente da Fiep, a empresa que arrematar o lote 4, cujo edital ainda não foi publicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pode ter uma arrecadação anual em torno do meio bilhão de reais. Sobre este total deve incidir um total de R$ 80 milhões, só em impostos federais. Desta quantia, explica Mohr, é que viriam os recursos para o Contorno Leste de Londrina e outras obras necessárias nas rodovias, mas ausentes nos editais.

“Em cinco ano serão R$ 400 milhões em impostos gerados só por aquela empresa dentro daquele único lote. Pois que se pegue desse dinheiro e se faça o Contorno Leste, então. Essa é a intenção, a linha que nós estamos seguindo junto ao Governo Federal. Mas para isso é necessária uma mobilização do setor produtivo, da classe política, a sociedade como um todo. Será uma briga grande, mas é perfeitamente justificável. O Governo Federal deixa de investir nas estradas e ainda vai arrecadar uma quantia milionária em impostos gerados pelo pedágio. Essa contrapartida é o mínimo que se espera”, completou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]