Uma ligação com vários espaços de lazer, ao longo de 50 quilômetros, passando por vários balneários do Litoral do Paraná. Essa é a proposta do Ciclorrodovia Interpraias, um projeto que está sendo desenvolvido para ser apresentada ao governo estadual, na busca por dar qualidade de vida aos moradores da costa e também incentivar o turismo local.
A iniciativa está sendo elaborada como uma alternativa que busca evitar a Faixa de Infraestrutura, conjunto de obras que está previsto para Pontal do Paraná e prevê a construção de uma rodovia com 24 quilômetros, avançando por um trecho preservado de Mata Atlântica. Moradores, empresários e ambientalistas que são contrários à Faixa estão tentando financiar propostas que visem o desenvolvimento turístico e soluções de mobilidade.
Para isso, um financiamento coletivo foi aberto para captar os R$ 35 mil considerados como o mínimo para bancar os custos do projeto. Até a tarde desta quinta-feira (18), a vaquinha virtual havia arrecadado R$ 5,3 mil e tem até o dia 3 de junho para alcançar a meta. Os doadores recebem diversos tipos de recompensas, proporcionais ao valor da contribuição, que pode variar entre R$ 20 e R$ 5 mil.
A iniciativa tem o apoio do Movimento Salve a Ilha do Mel, respaldado por duas dezenas de organizações que apontam os impactos negativos da construção da Faixa, principalmente se for para dar viabilizar o projeto de instalação de um porto em Pontal.
A ideia é aproveitar a zona urbana e evitar uma rodovia que rasgaria um trecho de Mata Atlântica, derrubando centenas de hectares de área nativa e correndo o risco de propiciar o chamado efeito de borda ou “espinha de peixe”, que são os desmatamentos progressivos e a ocupação desordenada que costuma ocorrer ao longo de uma estrada que é aberta.
A proposta da Faixa
Os traçados alternativos tentam evitar que o governo estadual coloque em prática o projeto da Faixa de Infraestrutura, conjunto de obras – especialmente uma rodovia e um canal de drenagem, ao custo de R$ 270 milhões –, proposto pela gestão Beto Richa (PSDB). A licitação chegou a ser anunciada três vezes durante o ano de 2018, mas o processo foi interrompido por dúvidas em aspectos técnicos e também pelas discussões judiciais em torno do licenciamento ambiental.
A gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) manifestou diversas vezes a intenção de fazer a obra. Uma campanha pedindo a construção da Faixa está sendo divulgada no litoral. A possibilidade de construir a Faixa de Infraestrutura é cercada de controvérsias. A preocupação é com os impactos ambientais, sociais e econômicos.
A Faixa prevê a pavimentação de 24 quilômetros, em uma via a ser aberta, paralela à da PR-412, entre Praia de Leste e Ponta do Poço, em Pontal do Paraná, com a implantação e melhoria de quatro acessos rodoviários, nos balneários de Santa Terezinha, Ipanema, Shangrilá e Atami, a execução de cinco viadutos e quatro pontes; e a readequação e ampliação do canal de macrodrenagem, que tem 15,3 quilômetros de extensão.
O projeto original estimou ainda a construção de uma linha de transmissão de energia elétrica, de um gasoduto e de um ramal ferroviário, ainda sem previsão para ser concretizada. Além de fomentar a economia na região, o governo alega que a Faixa de Infraestrutura diminuiria os congestionamentos durante a temporada e o número de acidentes.
Eleição sem Lula ou Bolsonaro deve fortalecer partidos do Centrão em 2026
Saiba quais são as cinco crises internacionais que Lula pode causar na presidência do Brics
Elon Musk está criando uma cidade própria para abrigar seus funcionários no Texas
CEO da moda acusado de tráfico sexual expõe a decadência da elite americana
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná