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Pista de caminhada na orla de Matinhos
Parte das pistas de caminhada e ciclovia, em Matinhos, devem estar concluídas já em dezembro.| Foto: Alessandro Vieira / IAT

O veranista que visitar as praias de Matinhos, no litoral paranaense, na temporada de verão de 2022 deve encontrar um cenário bem melhor do que nos anos anteriores. Assim como em Balneário Camboriú, no litoral catarinense, a faixa de areia foi ampliada entre as praias de Caiobá e Flórida. Mas mais do que mais areia nas praias, as obras de revitalização também devem trazer outros atrativos aos visitantes, como pistas de caminhada e ciclovias.

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“Na temporada esses turistas vão encontrar uma Matinhos diferente. É uma outra praia, completamente diferente”, avaliou o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do Instituto Água e Terra (IAT), José Luiz Scroccaro. Segundo ele, na praia de Caiobá, onde a engorda da faixa de areia foi concluída em julho deste ano e já pode ser utilizada pela população, será montada uma arena para realização de shows.

Trechos em obras serão isolados e sinalizados para evitar acidentes. | Foto: Alessandro Vieira / IAT
Trechos em obras serão isolados e sinalizados para evitar acidentes. | Foto: Alessandro Vieira / IAT

Trechos em obras serão sinalizados

No trecho de quase dois quilômetros entre o Canal da Avenida Paraná e o Pico de Matinhos, as obras urbanísticas, com nova calçada, ciclovia, pistas de caminhada e corrida e paisagismo, já estão com mais de 60% de conclusão. A expectativa é que esses equipamentos estejam prontos já em dezembro, para o início da temporada de verão. “Se faltar algo, será um trecho bem pequeno”, destacou Scroccaro, em entrevista à Gazeta do Povo.

Já no trecho entre o Pico de Matinhos e o Balneário Flórida, os trabalhos de revitalização devem se prolongar até o ano que vem. De acordo com o diretor do IAT, o acesso às praias neste trecho ainda não foi liberado para a população, o que deve ocorrer em breve. É possível acompanhar o andamento das obras em tempo real na página do IAT.

Nos locais em obras, placas de sinalização informarão a população sobre trechos interditados para a construção da nova infraestrutura, como calçadas, ciclovias, pistas de caminhada e corrida e paisagismo.

“É importante que a população respeite essas placas para evitar imprevistos durante seu período de lazer, como acidentes com máquinas trabalhando e até mesmo buracos”, comentou o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza.

Trabalho seguirá durante a temporada de verão

Entre dezembro e o Carnaval, explicou Scroccaro, as obras vão seguir em um ritmo mais lento do que vêm sendo feitas agora. A opção foi a saída para encontrar um equilíbrio entre a necessidade de concluir a revitalização e a possibilidade de minimizar os transtornos para a população local e os visitantes.

“Será feito um trabalho quadra a quadra, com um quarteirão sendo interditado e trabalhado de cada vez. Liberou, passa para o próximo. Vamos fazer dessa forma mais equilibrada, porque não dá para fazer o trecho todo de uma vez por causa da extensão dessa interdição. Mas também não dá para parar, mesmo durante a temporada”, explicou.

Entre as obras que ficarão para depois da temporada de verão estão a recomposição do asfalto e os trabalhos de micro e macrodrenagem. Segundo o diretor, o recape asfáltico só pode ser feito depois dessas duas etapas estarem 100% concluídas.

Temporais de outubro ajudaram a atualizar projeto de drenagem

Parte das obras de drenagem já foram iniciadas, disse Scroccaro, mas ainda não foi possível sentir os efeitos do novo sistema. As chuvas de outubro, segundo o Simepar, foram acima da média histórica para o litoral, o que acabou resultando em alagamentos em alguns locais de Matinhos.

Porém, os temporais tiveram um lado bom na avaliação do diretor do IAT. Com o grande volume de chuvas concentrado em poucos dias, houve transbordamento em locais que não haviam sido mapeados no projeto original de revitalização.

“Nós tivemos um dia em que houve praticamente um ciclone, o que acabou trazendo chuva em excesso e alagando vários pontos da cidade. Por um lado, isso foi bom, porque nós pudemos mapear novos pontos de alagamento que não tinham sido previstos originalmente nos estudos da obra. Agora o projeto deve ser atualizado, e esses novos pontos anexados à obra”, confirmou.

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