Imagens da missa realizada no sábado (5) na Igreja Nossa Senhora do Rosário mostram o momento em que o padre Luiz Hass comenta com fieis sobre a manifestação realizada em frente à igreja e também mostram quando que o grupo liderado pelo vereador Renato Freitas (PT) entrou na igreja. O protesto, que era contra as mortes de Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho, era realizado no Largo da Ordem, no Centro de Curitiba. O ato, porém, acabou culminando na invasão da igreja.
Em determinado momento, aos 26 minutos de missa, o Padre Luiz Hass começou a conversar com os fiéis sobre o movimento em frente à igreja e destacou que as pessoas podiam se manifestar, mas não no momento da missa. Ele, inclusive, pediu que a Guarda Municipal de Curitiba ficasse presente para “cuidar um pouco mais da igreja, já que eles tinham o direito de fazer as missas em silêncio”, conforme ele disse no meio da celebração.
Já no final, antes de finalizar a celebração, Hass voltou a falar do protesto e do barulho. “Vocês acham correto isso? Nós todos temos que nos unir para evitar uma coisa dessa… de propósito para atrapalhar nossa missa. Não sei que grupo é, descobriram?”, comenta o padre com uma mulher que o auxiliava na missa.
“Na hora da missa não precisam fazer isso, pode ser depois. Tudo bem que façam protesto, mas não na hora da missa. Nós temos direito aqui, desde 1737 que se celebra missa aqui. Temos todo direito de ter a nossa paz aqui e tranquilidade para as celebrações, nenhum grupo atrapalhou nossas celebrações”, disse o padre para os fiéis. “não temos nada contra o protesto, mas em outro horário, né?”, completou o padre ao se encaminhar para a parte final da celebração.
Acompanhe a parte final, pouco antes de o local ser invadido:
Após finalizar a celebração a imagem mostra a área do altar da igreja vazia e as pessoas recolhendo os itens utilizados na celebração. Alguns minutos depois, os manifestantes se aproximam do presbitério e o vereador Renato Freitas (PT) realiza um discurso. Outras pessoas estendem faixas e o movimento dentro da igreja termina cerca de 12 minutos após ter começado.
“Na hora que comecei a missa começou o movimento nas escadarias da igreja. Aí foi aumentando o barulho, o som, a gritaria. Algumas pessoas que estavam participando da celebração pediram para que as pessoas se afastassem das escadas e diminuíssem o barulho. Não tinha ambiente para concentração”, disse o padre em entrevista ao Meio Dia Paraná, da RPC. “Depois invadiram, fizeram discursos, acompanhei quieto até o fim, mas cuidei para que eles respeitassem o altar. Não destruíram nem sujaram nada”, completou o religioso.
De acordo com o artigo 208 do Código Penal brasileiro, escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso; ou ainda "impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso", como fizeram os manifestantes em Curitiba, são considerados crimes contra o sentimento religioso. A pena prevista é de detenção de um mês a um ano, ou ainda pagamento de multa. Quando há emprego de violência, a pena pode ser aumentada em um terço.
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