Diante da proposta de ampliar a participação de empresa na gestão de presídios, anunciada por vários governadores em início de mandato, a Gazeta do Povo buscou entender como funciona atualmente o setor de administração prisional privada, quanto custa e quem já atua na área. A principal dificuldade foi encontrar dados sobre o assunto. Não há um relatório que concentre informações sobre esse tipo de gestão, muito menos um levantamento que ateste a qualidade (ou não) do serviço prestado.

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Existem apenas menções isoladas em relatórios de instituições que monitoram os presídios em geral, como a Pastoral Carcerária e o Conselho Nacional de Justiça. Somente algumas produções acadêmicas, como teses e artigos, abordam a gestão privada. É o caso das pesquisas do professor Sandro Cabral e do juiz Luciano Rostirolla.

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Para tentar preencher essa lacuna de informação, a Gazeta do Povo entrou em contato com as empresas de administração prisional e elaborou um mapeamento inédito para mostrar em quantas cidades (21) de quantos estados (8) funcionam as unidades (32) com algum tipo de gestão privada. O levantamento também mostrou que sete empresas atuam no setor e que o valor cobrado mensalmente do poder público varia de R$ 2,4 mil a R$ 5,5 mil por preso (a variação está relacionada, principalmente, à quantidade e ao tipo de serviço prestado).

Também para detalhar como funciona o sistema, a equipe de reportagem visitou quatro penitenciárias, em três estados, a convite das empresas. Neste vídeo você confere o que encontramos: