Para os motoristas que usam a rodovia BR-116, na ligação entre Curitiba e São Paulo, os problemas causados por um pequeno trecho de pista simples devem acabar a partir de terça-feira (19). É quando a concessionária Autopista Régis Bittencourt começa a autorizar o tráfego nos novos trechos duplicados na Serra do Cafezal. A liberação do trânsito nos dez quilômetros cruciais, que costumavam representar acidentes e demora, deve acontecer em etapas e ser concluída na quarta-feira (20).
Localizada entre as cidades paulistas de Miracatu e Juquitiba, a 300 quilômetros de Curitiba, a Serra do Cafezal representava um afunilamento na ligação Sudeste-Sul. Com a circulação de mais de 22 mil veículos por dia, era um dos principais gargalos logísticos do país. Encravada numa das áreas mais conservadas de Mata Atlântica, a obra na Serra do Cafezal era um desafio. Mas o trajeto de pista simples representava um tormento para quem dependia da rodovia. Além dos riscos à vida, era sinônimo de atrasos. Mesmo as batidas mais simples significavam longas filas, com vistas para o barranco.
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Faltava a duplicação de 30 quilômetros, que foram previstos várias vezes, ao longo das últimas décadas. A obra começou em 2010 e o trechos foram sendo liberados aos poucos, à medida que ficavam prontos. É um dos projetos mais caros de engenharia do Brasil: a concessionária precisou fazer quatro túneis e 35 viadutos, consumindo R$ 1,3 bilhão. São duas pistas novas, com acostamento, no sentido SP-PR, e as três antigas ficaram para o fluxo inverso da Régis Bittencourt.
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