Deonilson Roldo pediu o mesmo benefício dado ao empresário Jorge Atherino, outro preso na Operação Piloto.| Foto: Daniel Caron /    Gazeta do Povo

Há quase 4 meses detido no âmbito da Operação Piloto, Deonilson Roldo apresentou um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar deixar a prisão. A defesa do ex-chefe de gabinete de Beto Richa (PSDB) quer o mesmo benefício dado recentemente ao empresário Jorge Atherino pelo ministro Dias Toffoli. Também alvo da Operação Piloto, Atherino obteve uma liminar, no último sábado (12), para deixar a prisão - até o início da noite desta terça-feira (15), ele ainda aguardava a soltura.

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De acordo com a defesa de Roldo, são “rigorosamente idênticas” as situações dos dois réus. “Frise-se que, na origem, o decreto de prisão preventiva, para garantir a ordem pública, é o mesmo tanto para o ora requerente [Deonilson Roldo] quanto para o paciente Jorge Atherino”, escrevem os advogados de Roldo, em petição protocolada no domingo (13).

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Até o início da noite desta terça-feira (15), o pedido de extensão de liberdade ainda não havia sido analisado.

Outro HC

À frente da ação penal ligada à Operação Piloto, o juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara de Curitiba, já prestou informações ao ministro do STF sobre a situação de Roldo, em outro habeas corpus protocolado pelo ex-chefe de gabinete, e que tramita desde o dia 4. Na manifestação, entregue nesta terça-feira (15), o juiz de Curitiba relembra os motivos que o levaram a decretar a prisão preventiva de Roldo. Também reproduz as razões de indeferimentos de recursos apresentados pela defesa de Roldo em outras instâncias.

“A natureza e a dinâmica da atividade de lavagem de dinheiro permitem que a atividade criminosa seja efetivada de qualquer lugar, com o uso de tecnologia e outros meios de comunicação, situação que evidencia que a prisão preventiva é a única medida efetiva para garantir a ordem pública, visando evitar eventual reiteração criminosa”, repete Paulo Sérgio Ribeiro.

Na Operação Piloto, Atherino e Roldo respondem por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Em troca de propina, eles teriam garantido a vitória da Odebrecht na licitação de uma obra na PR-323, de responsabilidade do governo do Paraná. Ambos negam os crimes.

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