De passagem por Brasília nesta quarta-feira (20), o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), comentou sobre a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o inquérito que trata da Operação Publicano no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo a um pedido da defesa do tucano.
Ao ser questionado sobre o assunto pela Gazeta do Povo, Beto Richa disse que viu “o argumento do ministro” do STF e que a decisão foi “adequada”. Em seguida, defendeu investigações sobre o que considera “denunciações caluniosas”, em referência ao relato do ex-auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, principal delator da Publicano.
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“Não tem uma prova contra mim, mas, enfim, eu sempre disse o seguinte, e repito: eu sigo confiando na Justiça. Eu só espero que agora se abram investigações sobre denunciações caluniosas. Não tem nada que me ligue a isso e tentaram envolver meu nome de forma muito irresponsável. A honra das pessoas de bem no Brasil tem que valer e ser preservada”, declarou o governador do Paraná, durante entrevista concedida no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde confirmou um empréstimo para obras de infraestrutura.
O inquérito 1.093 foi aberto no STJ pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no início de 2016, com o propósito de investigar o tucano pela suposta prática de crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica para fins eleitorais e corrupção passiva. A base do inquérito é o depoimento de Luiz Antônio de Souza, que sustenta que parte do dinheiro obtido através do esquema de corrupção que funcionava na Receita Estadual foi parar em um caixa 2 da campanha de reeleição de Beto Richa, em 2014.
O tucano nega ter cometido os crimes e entrou no STF com um Habeas Corpus (HC) para tentar anular a delação e trancar o inquérito. Liminarmente, até decisão de mérito, Gilmar Mendes concordou, na segunda-feira (18), em suspender a investigação no STJ. Para o ministro, a defesa do tucano tem razão em dizer que houve “usurpação de competência” no acordo de colaboração premiada firmado entre o ex-auditor fiscal Luiz Antônio de Souza e o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR). Por envolver nomes com foro especial, os relatos deveriam ter sido levados a Brasília, na visão do magistrado.
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