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Integrantes do MST e posseiros bloquearam as rodovias que dão acesso a Pinhão | Cortesia da Rádio Pioneira Pinhão
Integrantes do MST e posseiros bloquearam as rodovias que dão acesso a Pinhão| Foto: Cortesia da Rádio Pioneira Pinhão

Os manifestantes que bloqueiam as rodovias PR-170 e PR-459 próximo a cidade de Pinhão, no Centro Sul do Paraná, fizeram um acordo para liberar a passagem de veículos em períodos intercalados do dia. Dessa forma, o acesso fica liberado por uma hora em um sentido e fechado na sequência, para ser liberado o outro sentido, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Os bloqueios chegaram a sitiar a cidade de Pinhão entre quarta-feira (6) e a noite de quinta-feira (7). Segundo o soldado Júlio Cesar Santos, da PRE, os bloqueios começaram na manhã de quarta (6) no Km 395 da PR-170 (entre Pinhão e Guarapuava) e no Km 32 da PR-459 (entre Pinhão e Reserva do Iguaçu).

MST

Os manifestantes têm o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os protestos são motivados por uma série de reintegrações de posse realizadas na região. Segundo informações do deputado estadual Tadeu Veneri (PT), o processo foi suspenso judicialmente após a forte reação aos primeiros despejos na área.

Procurado pela Gazeta do Povo, o MST confirmou a participação no movimento e que se trata de um apoio aos posseiros de Pinhão. Segundo a coordenação do movimento, a intenção é manter os bloqueios até que haja uma solução para a situação.

Repúdio

Na quinta-feira (7), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e o Sindicato Rural de Guarapuava encaminharam dois ofícios ao governo do estado com pedidos de providências.

“As entidades estão especialmente preocupadas em decorrência das fortes chuvas que caíram na região nos últimos dias, que tornaram as estradas vicinais praticamente intransitáveis, deixando apenas a rodovia como alternativa de deslocamento para a população”, registra a Faep em seu site.

Doze entidades paranaenses também emitiram uma nota de repúdio, destacando que, “ao promover os bloqueios, o MST está agindo de forma antidemocrática, violando garantias da população que se utiliza da rodovia para seus afazeres”, de acordo com a Faep.

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