A governadora Cida Borghetti (PP) determinou a demissão de Deonilson Roldo do cargo de diretor de Gestão Empresarial da Copel, informou o governo do estado no final da tarde desta sexta-feira (11). Ex-chefe de gabinete de Beto Richa (PSDB), Roldo foi gravado em uma conversa, em fevereiro de 2014, na qual afirma que havia um compromisso para que a Odebrecht vencesse licitação da PR-323, rodovia no Noroeste do estado. A gravação, à qual a Gazeta do Povo teve acesso, foi divulgada na quinta-feira (10).
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Segundo informações do governo, Roldo terá assegurado o direito à ampla defesa junto às esferas administrativas da Copel. Além disso, ele também irá deixar outros cinco cargos que ocupava em conselhos e comitês de estatais.
No áudio, Deonilson pede um “entendimento” a Pedro Rache, diretor-executivo da Contern, outra empreiteira interessada na obra. Em troca, oferece uma composição em possíveis negócios da Copel que envolviam o Grupo Bertin, dono da construtora em questão. “Espero que a gente possa construir um caminho positivo e interessante para os dois lados”, diz ele ao interlocutor.
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Em nota, Deonilson disse que a gravação foi feita de forma clandestina, premeditada e com interesses escusos. Negando que tenha cometido qualquer irregularidade, ele afirmou que, desde que soube da existência do áudio, tem sido vítima de ameaças e chantagens.
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Primeira Parceria Público Privada (PPP) do Paraná, a duplicação da PR-323, no Noroeste do estado, é o motivo de Richa ter caído recentemente nas mãos do juiz federal Sergio Moro, após perder o foro privilegiado. Em delação premiada à Operação Lava Jato, o ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht Benedicto Jr. disse que a empresa destinou R$ 2,5 milhões via caixa 2 à campanha de reeleição do tucano, em 2014 – a intenção inicial era repassar R$ 4 milhões. Posteriormente, o valor seria abatido do projeto da obra. No entanto, afundada nas investigações do petrolão, a empreiteira desistiu do serviço.
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