A defesa do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho está apelando ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, para tentar suspender o júri popular no qual figura como réu por duplo homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar). O julgamento está marcado para ocorrer nos próximos dias 27 e 28, em Curitiba.
Carli Filho é acusado de provocar o acidente de carro que gerou a morte de Gilmar Rafael de Souza Yared e de Carlos Murilo de Souza, na madrugada de 7 de maio de 2009, na capital paranaense. Ele havia ingerido bebida alcoólica antes de conduzir o veículo e dirigia em alta velocidade.
Um Habeas Corpus com pedido de liminar foi protocolado pela defesa do ex-parlamentar na última sexta-feira (16) e o caso está nas mãos do ministro Sebastião Reis Júnior. A intenção da defesa é transferir o local de realização do júri popular.
Os advogados de Carli Filho já tentaram no primeiro grau da Justiça Estadual o chamado “desaforamento”, para tirar o júri popular de Curitiba, mas não conseguiram a suspensão.
EM PONTOS: o que deve ser explorado no julgamento de Carli Filho
Depois, entraram com um recurso, analisado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), e novamente saíram derrotados, por maioria. O desembargador Clayton Camargo ficou vencido. O apelo, agora, é ao STJ.
Os argumentos são os mesmos. Para a defesa de Carli Filho, “há fundadas dúvidas sobre a imparcialidade dos jurados e indicativos concretos de comoção social e intranquilidade local, conforme exposto no voto vencido proferido pelo eminente desembargador Clayton Camargo, exigindo-se o desaforamento sob o âmbito da ordem pública: os fatos ganharam repercussão ímpar perante a comunidade local, havendo verdadeira campanha publicitária/política em desfavor do acusado”.
Ainda conforme trecho do pedido feito pela defesa de Carli Filho ao STJ, e obtido pela Gazeta do Povo, “a campanha negativa contra o paciente [Carli Filho] foi tão vitoriosa que a senhora Christiane Yared foi a deputada federal mais votada do Estado do Paraná em 2014 (90% de seus votos foram de eleitores curitibanos e das regiões metropolitanas), comprovando que conquistou o apoio político majoritário dos eleitores de Curitiba, chegando a ser indicada para concorrer ao cargo de prefeita de Curitiba nas eleições de 2016, tendo toda a sua campanha voltada em torno dessa fatídica tragédia”.
O ministro do STJ Sebastião Reis Júnior pode tomar uma decisão a qualquer momento.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Deixe sua opinião