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Rocha Loures ao lado de Temer: paranaense era braço direito do presidente. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Rocha Loures ao lado de Temer: paranaense era braço direito do presidente.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Com a delação da JBS, mais um membro da bancada federal do Paraná passou pela situação de sentir de perto o gostinho do poder para depois se tornar alvo de investigações sobre casos de corrupção da República brasileira. O deputado federal Rodrigo da Costa Rocha Loures (PMDB) era assessor direto de Michel Temer desde 2011. Antes deles, os deputados André Vargas (PT), Osmar Serraglio (PMDB) e a senadora Gleisi Hoffmann (PT) vivenciaram situação semelhante.

Em março, Rocha Loures assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados, mesmo mês em que foi flagrado pela Operação Lava Jato em negociações com Joesley Batista envolvendo o pagamento de propina. O deputado, agora afastado da Câmara, tinha assumido a vaga de Serraglio, que foi alçado a ministro da Justiça por Temer.

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O próprio ministro da Justiça se tornou alvo de suspeitas logo depois que assumiu. Em março, com a deflagração da Operação Carne Fraca, vieram à tona áudios em que Serraglio conversa com o ex-superintendente do ministério da Agricultura no Paraná, apontado como chefe de organização criminosa pela Polícia Federal. Ele também foi tratado como o “velhinho que está conosco” por uma das fiscais investigadas. O caso gerou constrangimento, mas não foi suficiente para derrubar Serraglio.

André Vargas também se aproximava do poder quando foi alvejado pela Lava Jato. Ele ocupava a vice-presidência da Câmara dos Deputados quando foi preso durante a 11.ª Fase da operação, em abril de 2015. No mesmo ano, foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro relacionados a fraudes em contratos com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde. Em abril de 2017, nova condenação, também por lavagem de dinheiro na compra de uma casa em Londrina, com recursos obtidos no caso que gerou a primeira condenação.

Já Gleisi Hoffmann foi ministra da Casa Civil entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. Em outubro de 2014, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Yousseff implicaram a senadora nos esquemas de corrupção da estatal. A campanha dela em 2010 teria recebido R$ 1 milhão. De lá para cá o nome da senadora apareceu em outras delações, como a da Odebrecht, que indicou o repasse de R$ 2 milhões em caixa 2 na campanha de 2014, além de outros recursos nas campanhas de 2008 e 2010.

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