Abib Miguel, conhecido como Bibinho, foi preso nesta quinta-feira (15), por determinação da Justiça. Ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, ele é acusado de comandar desvios de recursos públicos, no escândalo dos Diários Secretos, revelado por uma série de reportagens da Gazeta do Povo e da RPC em 2010.
Bibinho já esteve preso diversas outras vezes. No caso mais recente de idas e vindas, mandados de prisão e de soltura foram emitidos em três ocasiões nos últimos três meses. Em 17 de novembro de 2017, ele foi detido em consequência de uma operação policial que constatou retirada de madeira de reflorestamento de fazendas embargadas pela Justiça – na época, o ex-diretor já cumpria prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. No fim de dezembro, um habeas corpus foi concedido.
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No dia 23 de janeiro, foi novamente preso, uma vez que o habeas corpus foi revogado. Mas uma nova reviravolta, uma semana depois, levou à soltura. Beneficiado por uma decisão judicial que acatou a tese da defesa – de que o ex-diretor tem mais de 70 anos e endereço fixo –, ele ficou 15 dias em casa. Mas, na tarde desta quinta-feira, uma equipe do Gaeco cumpriu o mandado de prisão emitido pelo 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná que, por unanimidade, negou o pedido dos advogados e determinou que Bibinho fosse levado para o Complexo Médico-Penal (CMP).
As decisões mais recentes eram liminares, mas o julgamento do habeas corpus pelo Tribunal de Justiça analisou o mérito da questão. Sendo assim, agora uma revogação de prisão só pode acontecer por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
Nos últimos dois meses, Bibinho foi condenado em duas ações judiciais, a penas que somam 25 anos de prisão. A defesa está recorrendo das sentenças, negando a prática de qualquer irregularidade.
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