Após decisão do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa (PSDB), deixou o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Grande Curitiba. Roldo foi solto no final da tarde de terça-feira (29) e conduzido até a sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, onde colocou tornozeleira eletrônica.
De acordo com a decisão do STJ, Roldo não pode deixar a capital nem manter contato com integrantes de seu grupo político. Ele deve se apresentar mensalmente à Justiça e se recolher em sua residência no período noturno, em fins de semana e feriados.
Motivos da prisão
O ex-chefe de gabinete do tucano estava preso desde setembro do ano passado, em decorrência da Operação Piloto . A investigação, do Ministério Público Federal (MPF), apura irregularidades na concessão da Parceria Público Privada (PPP) da PR-323. No processo, a construtora Odebrecht, que venceu a concorrência, teria sido favorecida em troca de doações ilegais de campanha.
Após o início da Operação Lava Jato , a construtora não conseguiu cumprir com as obrigações do contrato e, por isso, as obras na PR-323 não saíram do papel. Depois, o governo estadual retomou o projeto, dividindo as melhorias em várias partes.
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Habeas corpus negado anteriormente
Antes da decisão do STJ, duas decisões já haviam negado a soltura de Roldo. Em outubro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região considerou que as provas contra o ex-chefe de gabinete eram robustas e que, por isso, havia justificativa para mantê-lo na cadeia.
No início de 2019, outra decisão, do Supremo Tribunal Federal, também negou a liberdade a Roldo. Nesse caso, a defesa havia tentado uma “extensão” da soltura concedida a Jorge Atherino, empresário ligado ao ex-governador Beto Richa.
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