O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) assinou, nesta quinta-feira (14), um memorando de entendimentos com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Pelo acordo, o BRDE vai captar 50 milhões de euros, dirigidos a projetos de energia, agronegócio, micro, pequenas e médias empresas, mobilidade urbana, inovação tecnológica e demais projetos que se enquadrem no programa Produção e Consumo Sustentável (PCS) do banco. O valor vai estar disponível até o final do ano.
O memorando foi assinado pelo presidente do BRDE, Odacir Klein, e pelo diretor geral da AFD, Rémi Rioux, e integrantes de ambas as diretorias. Além dos 50 milhões de euros, outros 800 mil euros serão destinados a projetos de capacitação técnica e institucional do banco de fomento.
LEIA TAMBÉM: Paraná é incluído em rodada de petróleo e gás e pode gerar R$ 339 mi
Segundo Rioux, a AFD tem duas prioridades de atuação no Brasil: o trabalho pela formatação de cidades sustentáveis e a luta contra mudanças climáticas e pelas energias renováveis. O diretor da AFD reforçou que a parceria com o BRDE é mais do que apenas financeira. “Com os 800 mil Euros, vamos fortalecer as capacitações profissionais para compartilhar a nossa própria experiência, tudo o que aprendemos nos 100 países onde atuamos. Vamos acompanhar o BRDE nessa nova estratégia”, reforçou.
Orlando Pessuti, vice-presidente e diretor administrativo do BRDE, informou que o foco de ação serão projetos nas áreas de energia renováveis, saneamento básico e mobilidade urbana. “Já temos projetos protocolados [nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul], de pequenas centrais hidrelétricas, de tratamento de esgoto, tudo visando a sustentabilidade”, explica.
A assinatura se dá um ano depois de iniciadas as conversas entre as partes para a realização do acordo.
Curitiba
A AFD já é parceira do setor público no estado do Paraná. A prefeitura de Curitiba tem atualmente seis contratos com empresas que estão contempladas no financiamento com a instituição francesa. Todos eles contam com contrapartidas do município.
LEIA TAMBÉM: Richa é contra “vender” o BRDE; G7 também defende o banco estatal
Ao todo, são R$ 43,6 milhões empregados em quatro obras de infraestrutura, e outros R$ 738,5 mil em dois projetos de desenvolvimento ambiental. As obras incluem os trechos entre a avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, e o Conjunto Solar, no Bacacheri (trecho 3.1) e a trincheira que liga o Bairro Alto ao Bacacheri (trecho 3.2). Somadas, as obras têm custo total R$ 77,8 milhões, com R$ 39,7 milhões financiados pela AFD, e R$ 38,1 milhões como contrapartida do município.
Um novo programa de financiamento com a agência francesa estuda recursos para ações no Vale do Pinhão e para a implantação da conectora 3, que vai da Wenceslau Braz até o Contorno Sul, na CIC, em valor ainda não definido.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink