Por 21 votos a 10, os vereadores de Curitiba aprovaram a mudança no local de votação do pacote de ajuste fiscal, proposto pelo prefeito Rafael Greca, a ser analisado na segunda-feira (26), às 9 horas. A decisão foi tomada em uma sessão extraordinária convocada pelo presidente da Câmara, vereador Serginho do Posto (PSDB), especialmente para deliberar sobre o assunto. Na sessão, a maioria dos vereadores optou por acatar a proposta da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), que sugeriu a Ópera de Arame como sede para a votação do pacotaço.
Com a decisão, a Câmara agora precisa superar diversos obstáculos técnicos para ter condições de realizar a sessão. No fim de semana precisarão ser providenciadas estruturas de som, mobiliário e a infraestrutura necessária para fazer a transmissão online da votação. A Mesa Executiva da Casa não sabe informar quanto custará a alteração de local e também não tem detalhes sobre a logística da operação.
Além do argumento de que a mudança trará mais segurança para a realização da sessão, os parlamentares favoráveis à medida também defendem que ela deixa o processo mais democrático. Cerca de 100 pessoas ligadas aos sindicatos e a outras organizações da sociedade civil poderão acompanhar a sessão dos camarotes da Ópera de Arame. O plano traçado pela Secretaria de Segurança prevê que as manifestações dos servidores ocorram na Pedreira Paulo Leminski, que fica ao lado da Ópera de Arame.
Sessão de última hora
A convocação para a sessão extraordinária desta sexta-feira (23) chegou ao gabinete dos vereadores ao redor das 17 horas e a sessão foi iniciada às 18h43. O acesso às galerias foi limitado a 78 pessoas, como determinado por laudo do Corpo de Bombeiros. Não houve tentativa de invasão da Câmara, mas houve protestos de cerca de 50 servidores, dentro e fora do Palácio Rio Branco.
Os vereadores Helio Wirbiski (PPS), Beto Moraes (PSDB) e Maria Letícia Fagundes (PV), apesar de se manifestarem a favor do ajuste fiscal, votaram contra a mudança de local para a sessão de segunda-feira. Par a o líder da prefeito, vereador Pier Petruzziello (PTB), esse voto não significa um dissidência desses vereadores. “É apenas a expressão da vontade pessoal de fazer a sessão aqui na Câmara”, disse.
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A proposta de alteração da sessão plenária foi apresentada na tarde desta sexta-feira (23) pelo secretário de Segurança do Paraná, Wagner Mesquita, em uma reunião entre vereadores, Ministério Público (MP), OAB, órgãos de segurança e representantes da prefeitura, sugerindo a realização na Pedreira Paulo Leminski ou na Ópera de Arame.
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Por meio das redes sociais, os sindicatos municipais se mobilizaram para pressionar os vereadores durante a sessão extraordinária. Os sindicalistas defendiam que a sessão de segunda-feira fosse realizada na sede da Câmara Municipal.
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