Um dia após vir a público a informação de que outros dois vereadores de Curitiba estão sendo investigados por exigirem que seus assessores devolvessem parte dos salários, o presidente da Câmara Municipal, Serginho do Posto (PSDB), afirmou que o Legislativo investigará todas as denúncias apresentadas, mas deixou claro que os acusadores devem oferecer provas.
Serginho do Posto confirmou ainda nesta terça-feira (29) que recebeu pedidos de informações feitos pelo Ministério Público (MP) a respeito de uma investigação que envolve o vereador Osias Moraes (PRB). Como o procedimento está sob sigilo, o presidente não revelou o teor dos questionamentos.
“A Câmara de Curitiba tem vivido dias turbulentos, mas é importante deixar claro que há estabilidade legislativa e administrativa. Os cofres públicos não foram atingidos, a administração dessa Casa não foi atingida”, afirmou o presidente da Câmara.
Em seu discurso, ele empenhou-se em separar as denúncias contra vereadores da imagem da instituição. O temor do presidente é de que as seguidas denúncias contra parlamentares arranhem a imagem institucional da Câmara.
Na segunda-feira (28), uma reportagem da RPC mostrou que, além das investigações contra os vereadores Thiago Ferro (PSDB) e Katia Ditrich (SD), há outros inquéritos abertos no Ministério Público também por apropriação do salário dos servidores contra os vereadores Geovane Fernandes (PTB) e Rogério Campos (PSC).
O vereador Rogério Campos (PSC) foi o único entre os novos acusados a falar com a imprensa durante a sessão plenária desta terça (29). Ele negou as denúncias feitas pelo seu ex-assessor e atribuiu as acusações a um desentendimento pessoal.
“Foi um ex-assessor magoadinho porque perdeu um bom emprego, um bom salário. Ganhava bem e não atendia o povo como era para atender. Infelizmente esse camarada aí não se adequou ao resto da equipe”, afirmou o vereador.
Rogério Campos também apontou a falta de provas na denúncia apresentada. “Falar até papagaio fala”, disse.
Dos cinco vereadores que estão sendo acusados, dois são alvos de investigações formais na Câmara Municipal. O caso de Katia Ditrich, cuja denúncia apresentou provas mais robustas, está sob análise de uma Comissão Processante. Já a investigação sobre o vereador Thiago Ferro está sendo conduzida pelo corregedor da Casa, vereador Wolmir Aguiar (PSC). O corregedor afirmou que vai pedir ao Ministério Público que envie as denúncias para que a Corregedoria da Câmara possa avaliar como agir.
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