Um grupo de eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) saiu de Curitiba de ônibus para acompanhar de perto a posse do novo presidente da República, em Brasília. Quase 60 integrantes de um grupo chamado “Nova República” deixaram Curitiba, em direção à capital federal, no início da tarde do último domingo (30). A viagem, de ônibus, durou praticamente um dia. “É a minha primeira vez em posse [de presidente da República] e minha primeira vez em Brasília”, conta a advogada Patricia Busatto, uma das organizadoras da caravana e líder dentro do “Nova República”.
“No ônibus tem psicólogos, médicos, advogados, militares, professores, donas de casa. A gente é aquele público das redes sociais, a quem o presidente Bolsonaro se dirige. Fizemos a campanha voluntária para ele no primeiro e no segundo turno”, explica Patricia.
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Mas a atuação pró-Bolsonaro não foi encerrada com o fim da campanha eleitoral no país. Pelo contrário. A advogada revela que novas redes sociais – e não apenas o Facebook - devem ser utilizadas por eles. “Páginas de direita estão sendo derrubadas pelo Facebook. Perfis bloqueados por questões absurdas. Então a ideia não é mais ficar tendo grandes páginas, para o Facebook derrubar. A ideia é ter várias pequenas páginas. E usar também WhatApp, Twitter, YouTube”, revela.
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Patricia Busatto explica que começou a se envolver mais com política a partir do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). “Mas eu sempre fui ativista. Desde os 8 anos de idade, quando minha vó me contou o que era Imposto de Renda, eu já me revoltei. Mas o estopim para mim, o meu ponto de ebulição, foi o que aconteceu em Santa Cândida”, diz. A advogada se refere à prisão do ex-presidente Lula, e o impacto disso para os moradores do bairro Santa Cândida, onde está localizada a superintendência da Polícia Federal.
“Eu moro ali perto [no bairro Bacacheri] e vi que o interdito proibitório [para afastar apoiadores do ex-presidente Lula da região da PF] não estava sendo cumprido. Então fui bater de casa em casa perguntando se eles [moradores de Santa Cândida] precisavam de ajuda para se organizar. Me tornei advogada deles”, conta ela.
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O local do acampamento Marisa Letícia, formado por apoiadores do petista, foi encerrado, mas, reclama, “eles ainda vão lá dar bom dia, boa tarde e boa noite para o ex-presidente Lula, de domingo a domingo”.
Em Brasília, ela conta que pretende levar uma mensagem ao presidente Bolsonaro e também ao ex-juiz federal Sergio Moro, indicado para a pasta da Justiça: “Nós queremos que a Lava Jato chegue no Judiciário. A ideia é levar cartazes com os dizeres ‘Lava Togas Já’. Não existe ninguém acima da lei. Cada vez que começa uma história de soltar Lula, quem sofre são os moradores do Santa Cândida”.
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