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 | CHRISTIAN RIZZICHRISTIAN RIZZI
| Foto: CHRISTIAN RIZZICHRISTIAN RIZZI

Chico Brasileiro (PSD) e Nilton Bobato (PCdoB) assumiram a prefeitura de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, neste domingo (1°). Os dois venceram as eleições suplementares realizadas no município no dia 2 de abril e chegam ao executivo encarregados de, principalmente, driblar a crise que afoga os serviços de saúde do município e aliviar a tensão na imagem política da cidade – que em menos de meio ano teve um prefeito afastado por suposto envolvimento em desvio de dinheiro público e um candidato eleito impedido de assumir a chefia da administração municipal. 

Os ministros da Saúde, Ricardo Barros, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, foram à sessão de posse, que começou por volta das 16h30. Também participam da cerimônia, entre outras dezenas de convidados, a vice-governadora do Paraná Cida Borghetti (PP) e o diretor-geral da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Leone Vianna.

Trabalho

A primeira reunião da equipe formada por Chico Brasileiro deve ocorrer nesta terça-feira (2) pela manhã. De agora em diante, prefeito, vice e os secretários nominados terão de correr contra o tempo para colocar o sistema de saúde do município de volta aos trilhos. 

Desde o ano passado, os atendimentos na área da saúde de Foz enfrentam sérias restrições. Em agosto, a então a prefeita interina da cidade Ivone Barofaldi (PSDB) chegou a decretar situação de emergência no serviço de saúde gratuito do município depois que o orçamento anual da área foi esgotado ainda em julho.

A medida levou o governo do Paraná a assumir um processo de intervenção no Hospital Municipal Padre Germano Lauck – que atende também diversos municípios da região. O decreto foi reeditado em janeiro deste ano frente ao caos que se estabeleceu com a falta de médicos e remédios na cidade. Sem dinheiro, equipamentos de exames deixaram de operar por causa de falta de manutenção. 

Durante campanha, Chico Brasileiro afirmou em programas que sua gestão deveria priorizar a saúde pública. “Nós, resgatando a credibilidade, vamos conseguir contratar mais médicos, fazer a saúde funcionar”, disse em entrevista à rede de tevê Tarobá, de Cascavel. 

Calmaria política

Chico Brasileiro (PSD) e Nilton Bobato também terão de acalmar os ânimos políticos na cidade – que é comandada interinamente desde julho do ano passado, quando Reni Pereira, prefeito à época, foi afastado durante as investigações da Operação Pecúlio. Pereira teve o nome ligado a uma quadrilha suspeita de desviar recursos públicos dos cofres da prefeitura de Foz. Ele e outras 97 pessoas se tornaram réus no processo. 

Além disso, por determinação da Justiça Eleitoral, Foz do Iguaçu teve de passar por um novo pleito eleitoral depois que a candidatura de Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), eleito em 2016, foi indeferida. O pedetista foi acusado de improbidade administrativa, dano ao erário e enriquecimento ilícito. Nas novas eleições do mês passado, Chico Brasileiro e o vice Bobato levaram 56,35% dos votos válidos contra 30,85% do segundo colocado, o candidato da Rede Phelipe Mansur. Outras quatro chapas participaram da disputa. 

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