O bruxo Chik Jeitoso – nome artístico de Luiz Antonio Pereira Ferreira – foi condenado, nesta quinta-feira (10), a indenizar o ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT), por danos morais. De acordo com a ação, os ataques ao político foram perpetrados por meio de redes sociais mantidas pelo réu na internet. No fim do ano passado, Chik Jeitoso havia sido preso em uma operação da Polícia Civil, acusado de extorsão. A denúncia aponta que ele chegou a pedir R$ 10 milhões a Fruet, em razão de uma macumba que teria sido feita a pedido do pedetista.
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A condenação de Chik Jeitoso foi determinada pela juíza Vanessa Jamus Marchi, da 9.ª Vara Cível de Curitiba. Pelas sucessivas postagens difamatórias, o réu terá que pagar R$ 20 mil a Fruet, além de ter que arcar com as custas processuais. Na decisão, a magistrada destaca que “as postagens realizadas pelo réu não se tratam de meras informações e críticas políticas ao autor [da ação], mas visaram, intencionalmente, a desprestigiá-lo e expô-lo ao ridículo”.
Nas postagens, além de usar expressões de cunho sexual, o Bruxo usa palavras como “palhaço” e “quadrilheiro” para se referir a Fruet. Na avaliação da juíza, “as expressões e frases enunciadas publicamente são evidentemente pejorativas, desnecessárias, revelando-se dispensáveis para a formação da opinião pública, implicando, portanto, um dano injustificado à dignidade da pessoa”.
A Gazeta do Povo não conseguiu contato com Chik Jeitoso nem com seus advogados.
Extorsão
Chik Jeitoso foi preso em dezembro de 2016, na Operação Lomax, deflagrada pela Polícia Civil. Ele e o ex-secretário municipal de Trânsito Marcelo Araújo foram acusados de tentar extorquir empresários e políticos. Segundo as investigações, eles mantinham centenas de perfis falsos em redes sociais, que eram usados para fazer ataques, com o objetivo de forçar as vítimas a ceder às chantagens.
A denúncia aponta que o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, foi uma das vítimas, a quem a dupla pediu R$ 5 milhões. Chik Jeitoso e Marcelo Araújo foram soltos no início deste ano e respondem ao processo em liberdade.
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