Alçar o Paraná do sétimo ao primeiro lugar do país no ranking do Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica. É com foco nessa meta, traçada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) , que a nova gestão da Secretaria de Estado da Educação (Seed) começa as atividades em 2019. A ambição, o governador admite, é de médio prazo: “temos um desafio muito grande, o Paraná é o sétimo no Ideb, é uma posição muito ruim pelo potencial que nós temos”, avalia Ratinho Junior ao comentar a nota alcançada pelo estado em 2017, índice mais recente divulgado.
Conforme dados da secretaria, naquele ano, o Paraná teve pontuação de 4,65 nos anos finais do ensino fundamental, ficando lado a lado com o Mato Grosso, e atrás de Acre, Santa Catarina, São Paulo, Rondônia e Goiás. Já o desempenho dos alunos do ensino médio alcançou índice de 3,66 no Ideb, com performance superada por Rondônia, São Paulo, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo e – mais uma vez - Goiás.
Com o objetivo de alavancar o índice de aprendizagem dos estudantes paranaenses, a primeira estratégia do governo é trazer para cá a expertise dos mais bem colocados da avaliação. “Nós vamos buscar obviamente bons exemplos no Brasil e fora. Estamos trazendo alguns técnicos de Goiás que possam nos ajudar, o Ceará também é hoje um bom exemplo na área educacional, [...] e o Paraná tem bons quadros técnicos. Estamos montando uma equipe de elite para aplicar esses bons exemplos”.
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Responsável por capitanear os pretendidos avanços no desempenho da educação paranaense, o secretário Renato Feder pontua a necessidade de medidas que garantam mais retaguarda ao professor. “Quando você pensa em educação, o principal fator é a aula, onde o professor está interagindo com o aluno. Então a gente precisa dar esse apoio: a sala de aula estar pronta, o professor estar apoiado o suficiente [...], o material será revisto, a gente está construindo agora um material do Paraná, para que esse professor tenha mais facilidade, um material que converse mais com ele”, elenca Feder.
Hora-atividade
Além do tempo em sala de aula, a chamada hora-atividade está definida: segundo o secretário, os professores terão cinco horas por semana para preparação de aulas, correção de provas e demais atividades relacionadas à função que não o momento de atendimento aos estudantes.
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Essa definição manteve o que era aplicado pela gestão anterior, com histórico de reclamações dos servidores. Desde 2017, o governo do estado alterou um entendimento sobre os parâmetros para a divisão na jornada de 20 horas. Foi adotada a hora-relógio em detrimento da hora-aula (que era de 50 minutos), aumentando tempo de sala de aula e – consequentemente - reduzindo o período de hora-atividade das anteriores sete horas para as atuais cinco, consideradas insuficientes pela APP-Sindicato.
Sobre a discordância entre governo e os representantes do funcionalismo, o secretário avaliou que “essa não é a discussão mais importante, a discussão mais importante é como é essa hora-atividade. Cinco horas é um bom tempo, na nossa avaliação para 2019; agora o que a gente precisa fazer é garantir que o professor se sinta acolhido e produtivo nessa hora-atividade. Então: como essa hora é feita? Que tipo de apoio a secretaria vai dar? A gente precisa melhora muito em como essas horas são alocadas”, detalhou Renato Feder, com relação às medidas a serem adotadas e que ainda devem passar por análises da Seed.
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Volta às aulas
Antes da retomada das atividades escolares, em 14 de fevereiro, cerca de cem escolas da rede estadual devem passar por reparos considerados emergenciais. De acordo com o secretário da Educação, foi destinada verba específica para que a estrutura física dessas unidades seja recuperada, mas os valores não foram especificados.
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