Assim como a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a Copel também apresentou resultados positivos na Bolsa de Valores no início da semana. Na segunda-feira (14), os papéis da companhia alcançaram o valor de R$ 34,20 no Brasil e de US$ 9,17 na Bolsa de Nova Iorque. No caso do mercado norte-americano, o valor foi o maior dos últimos 12 meses.
Da mesma maneira que a diretoria da Sanepar, a cúpula da Copel considera o resultado como um sinal de confiança dos investidores na empresa paranaense. “É um reconhecimento do mercado para as visões que o acionista controlador tem da companhia e também de um amplo trabalho que foi realizado nos últimos dois anos, de redução de custos, ganho de eficiência e governança corporativa”, analisou o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, em entrevista à Gazeta do Povo.
Novo presidente
Slaviero tomou posse nesta quarta-feira (16), no polo administrativo da companhia. Durante a cerimônia, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) falou sobre quais devem ser os rumos da Copel ao longo do mandato.
“Recentemente, a Copel acabou priorizando muitos investimentos fora do Paraná. Agora, queremos priorizar o estado nas ações da companhia”, afirmou Ratinho.
De acordo com o novo presidente da Copel, a diretriz é para que os investimentos sejam feitos prioritariamente, mas não exclusivamente, no Paraná. “A companhia tem porte nacional, com presença em dez estados. Vamos seguir atentos e buscando oportunidades de negócio no setor elétrico”, explicou Slaviero.
No final do ano passado, a Copel Geração e Transmissão, um dos braços da companhia, recebeu R$ 674 milhões para investimentos em usinas – não só no Paraná. O financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é destinado aos complexos eólicos de Cutia e Bento Miguel, no Rio Grande do Norte; e à Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, que fica entre os municípios paranaenses de Capanema e Capitão Leônidas Marques.
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Investimentos no estado
De acordo com Slaviero, além da usina do Baixo Iguaçu, a companhia também prevê para este ano outros investimentos no Paraná. Um dos focos, segundo ele, é melhorar a qualidade do serviço oferecido ao consumidor final.
“Dos R$ 2 bilhões previstos para investimentos em 2019, R$ 835 milhões serão destinados a melhorias na distribuição. Hoje, em algumas partes do Paraná, há muitas quedas de energia que prejudicam empresários e produtores rurais”, diz o presidente da Copel.
Slaviero também comentou outra medida que tem impacto direto no campo: a concessão da tarifa rural noturna, benefício que dá desconto de 60% no valor cobrado pela energia elétrica entre as 21h30 e as 6h. No final do ano passado, a possibilidade de que o programa fosse suspenso deixou produtores rurais alarmados.
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Depois disso, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou um projeto de lei, de autoria do deputado Márcio Nunes (PSD), que tornou o programa uma política pública do estado. Para manter o benefício, o Executivo irá reembolsar os recursos necessários à Copel.
Em 2019, de acordo com Slaviero, a conta ficará em R$ 39 milhões. “É um programa estratégico para o estado, importante para o segmento e que não poderia ser suspenso”, diz o presidente.
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Revisão dos ativos
Outra fala de Ratinho durante a posse apontou para uma revisão em alguns objetivos da Copel. “A empresa vai voltar a fazer o que tem de melhor, que é gerar e transmitir energia”, disse o governador.
Na prática, segundo Slaviero, isso significa que os ativos da companhia passarão por uma análise. “O que não estiver alinhado com esse propósito passará por uma revisão”, explica.
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