Um concurso autorizado pela prefeitura de Curitiba, no começo de agosto, é parte do esforço do Executivo em recompor o quadro do funcionalismo municipal. A previsão é de que 111 vagas sejam preenchidas em 15 diferentes cargos, que foram selecionados pela prefeitura por serem considerados os que têm demandas mais emergenciais. O edital para cada um dos cargos, porém, deve sair somente no ano que vem, porque a prefeitura ainda precisa contratar a empresa que realizará o processo.
“Estamos com uma defasagem significativa em muitas destas carreiras. Algumas não têm concurso desde o começo dos anos 1990”, explica Luciana Varassin, superintendente da Secretaria de Administração e Recursos Humanos. Nesse concurso devem ser preenchidas vagas de Agente Administrativo, Analista de Desenvolvimento Organizacional, Arquiteto, Auditor Fiscal de Tributos Municipais, Engenheiro Civil, Engenheiro Eletricista, Engenheiro Sanitarista, Engenheiro de Segurança de Trabalho, Fiscal, Fiscal de Obras e Posturas, Nutricionista, Professor de Educação Infantil, Profissional do Magistério - Docência II, Procurador e Técnico Agrícola.
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Como a autorização já foi realizada com previsão orçamentária, a expectativa é de que os aprovados sejam chamados assim que o concurso for homologado. Com isso, a folha de pagamento do Executivo municipal crescerá em R$ 800 mil mensalmente e em R$ 10 milhões por ano. “A partir do plano de recuperação a prefeitura passou a ter a possibilidade de pensar em contratações”, afirma Luciana, referindo-se às medidas de ajuste fiscal enviadas pela gestão de Rafael Greca (PMN) à Câmara de Vereadores em 2017.
Novos funcionários
O concurso pode aliviar a demanda nesses setores, mas isso não significa que o problema estará resolvido. De acordo com os dados da Secretaria de Administração e Recursos Humanos, a média é de 1.300 a 1.500 aposentadorias por ano em um universo de 33 mil servidores municipais. Não há capacidade orçamentária para recompor o quadro de forma completa, mas a prefeitura vem tentando diminuir a defasagem aproveitando o banco de aprovados em concursos que já foram realizados.
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É o caso de carreiras nas áreas de educação, segurança pública e saúde. Entre 2017 e 2018, a prefeitura fez 1.323 contratações nestes setores, que somaram mais R$ 2 milhões à folha de pagamento mensalmente. Outras 154 estão em andamento, sendo 100 somente de Guardas Municipais. “A cidade cresceu e o número de servidores diminuiu. A prefeitura está envelhecida e precisa recompor seus funcionários”, diz a superintendente.
Há possibilidade de que, em 2020, mais um concurso seja realizado, mas a Secretaria de Administração e Recursos Humanos ainda depende da previsão orçamentária para isso. Os novos servidores contratados já entrarão no novo regime previdenciário, aprovado no pacote de ajuste fiscal.
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