Ocorre nesta quinta-feira (22) a inauguração de obras feitas ao longo dos últimos dois anos no Porto de Paranaguá. Com recursos públicos na ordem de R$ 400 milhões, foi concluída a dragagem de aprofundamento do Canal da Galheta – retirada de areia do fundo do mar que permite a circulação de navios maiores. Com recursos privados, foi realizada a primeira etapa de ampliação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). As duas obras fazem parte de um conjunto de investimentos feitos nos últimos anos para modernizar o porto e que se somam às expectativas de outras realizações – algumas já andamento e outras ainda só em projetos – que prometem preparar o porto para bater um recorde atrás do outro.
Eram frequentes, até pouco tempo, os problemas causados pela redução gradativa da profundidade, comprometendo o acesso de navios. Além da manutenção periódica para tirar o sedimento que vai se depositando no fundo do mar, foi necessário fazer uma dragagem especial, permitindo calados maiores. A obra foi paga pelo governo federal. Agora há a expectativa de que seja licitada a derrocagem (retirada, com detonações, de rochas submersas, na Pedra da Palangana, na ponta da Ilha da Cotinga).
Será inaugurada ainda a primeira fase da expansão do cais de atracação de navios no TCP, passando de 879 metros para 1.099 metros de extensão, o que custou R$ 115 milhões. Outros R$ 468 milhões devem ser aplicados em 2019 na expansão da retroárea, como parte do acordo de renovação antecipada do contrato de arrendamento por mais 25 anos, até 2048, assinada em 2016 com o governo federal. Com as obras, o TCP ampliará em 60% a capacidade de movimentação. Desde março de 2018, a operação é comandada pelo grupo China Merchants Port Holding Company (CMPort).
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Outras obras
A estimativa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) é de que tenham sido aplicados R$ 940 milhões em obras nos últimos seis anos. O valor pode crescer em breve, se forem autorizadas obras há muito esperadas na região portuária, como trincheiras de acesso rodoviário e ampliação do pátio de triagem de caminhões. Outros grandes investimentos considerados necessários estão previstos, mas ainda sem previsão de saírem do papel, como a construção de píeres e o terminal de passageiros, para cruzeiros.
Enquanto tais projetos – que incluem também a concessão de novos terminais de celulose e de veículos – não viram realidade, outras obras vão ganhando forma. Uma delas, a pleno vapor, é a expansão do cais oeste, com modificações nos berços de atracação 201 e 202. A expansão de menos de 150 metros será capaz de ampliar a capacidade de recebimento de navios.