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Copel ainda não se manifestou se vai aplicar o reajuste integral autorizado pela Aneel. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Copel ainda não se manifestou se vai aplicar o reajuste integral autorizado pela Aneel.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em reunião da diretoria na terça-feira (19), o reajuste das tarifas praticadas para as 4,5 milhões de unidades consumidoras atendidas pela Copel. O aumento vale a partir deste domingo (24) e será escalonado de acordo com a faixa de consumo.

A Copel informou que aplicará o reajuste integral autorizado. Para os consumidores residenciais, o porcentual ficou em 15,06%. Já os usuários de alta tensão, como as indústrias, vão pagar até 17,5% a mais na energia. O reajuste médio aprovado é de 15,99%.

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A Aneel diz que, ao calcular o reajuste, considerou a variação de custos associados à prestação do serviço e as despesas com a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais. Como a conta avalia os gastos do setor, o peso na conta para o consumidor final ficará bem acima da inflação do último ano, que foi 2,86%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Ampliado (IPCA).

O novo valor de tarifa deve ter impacto em outros setores, como na conta de água, já que boa parte dos custos operacionais da Sanepar vem da energia elétrica. Ainda que o reajuste autorizado tenha sido bem acima da inflação, não é a primeira vez que os porcentuais superam em muito à oscilação dos preços ao consumidor, como em 2014, que foi superior a 30%.

Bandeira vermelha

Além do reajuste, as tarifas de energia devem ter mais um impacto. A Aneel anunciou bandeira vermelha para as contas de junho. Com isso, a tarifa terá um adicional de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em maio, vigorou a bandeira amarela, que adicionava R$ 1,00 a cada 100 kWh consumidos. De janeiro a abril, vigorou a bandeira verde, que não tem custo adicional.

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De acordo com a Aneel, a seca levou à redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas, especialmente na Região Sul. Isso elevou o risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), que são os indicadores que determinam a cor da bandeira.

O órgão regulador destacou ainda que a previsão de chuvas para junho será inferior à média histórica. O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo da energia gerada e tem o objetivo de possibilitar aos consumidores o uso consciente de energia elétrica.

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