Dragagem permite o acesso de navios maiores ao Porto de Paranaguá.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Por muito tempo, a profundidade no acesso ao porto de Paranaguá foi um problema. O assoreamento ao longo dos anos e o processo conturbado para a contratação do serviço de dragagem prejudicavam o setor portuário. Aos poucos, mas com muito dinheiro, esse contratempo foi sendo eliminado. Primeiro o governo federal concordou em bancar a dragagem de aprofundamento, que permite a circulação de navios maiores. A dragagem de manutenção ficou sob a responsabilidade do governo estadual, que decidiu arcar com as despesas ao longo dos últimos meses e agora, na manhã desta sexta-feira (21), assinou um contrato para garantir a prestação do serviço pelos próximos cinco anos.

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O serviço será pago pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), ao custo total de R$ 403 milhões. A dragagem consiste na retirada de material que ficou sedimentado no fundo do mar, especialmente areia. Segundo a Appa, o trabalho terá um diferencial: a inclusão de janelas ambientais nos períodos de reprodução de espécies marinhas. O trabalho passou por licenciamento ambiental.

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O objetivo da dragagem de manutenção é assegurar que a profundidade conquistada pela dragagem de aprofundamento seja conservada. Atualmente, o Canal da Galheta, de acesso ao porto, ficou com 16 metros e os canais internos variando entre 14 e 15 metros. Já a bacia de evolução será mantida com 14 metros de profundidade. O porto ainda prepara a licitação para fazer a derrocagem, a explosão de uma rocha no fundo do mar, que deve também facilitar o acesso de grandes navios, com segurança, aos portos do Paraná.

Posição contrária

O grupo de transição de governo, da parte de Ratinho Junior (PSD), tentou impedir a assinatura do contrato. Um documento foi encaminhado à gestão Cida Borghetti (PP) na quinta-feira (20), mas a administração estadual decidiu não adiar a oficialização do contrato. No entendimento da equipe do futuro governador, trata-se de um gasto muito alto, autorizado no apagar das luzes da gestão, com indícios de ser decisão atropelada. A APPA informou que o projeto foi tocado durante todo o ano, com audiência pública promovida em janeiro e a licitação realizada há seis meses.

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