Na tentativa de baixar o preço do gás natural para o consumidor e, ao mesmo tempo, atrair novos investimentos, o governo do Paraná fechou uma parceria com a petrolífera Shell. O protocolo de intenções assinado na segunda-feira (16) pelo governador Beto Richa (PSDB) prevê a criação de um plano de expansão do produto no estado ao longo do ano que vem. Os efeitos práticos do acordo devem começar a sair do papel a partir de 2019.
Lançada pela Copel há pouco mais de dois anos, a Chamada Pública 6/2015 buscava um parceiro disposto a elaborar estudos que culminem num plano de negócios para importar, produzir, explorar, comercializar e transportar gás no Paraná.
A ideia inicial da companhia é construir 300 quilômetros de novos gasodutos e três novas termelétricas – em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba), no litoral e na região Sul do estado.
Juntas, as usinas terão capacidade de geração de 1.500 megawatts, o suficiente para abastecer 1,1 milhão de residências. Além da busca por atração de investimentos por meio dessa nova infraestrutura, o plano tem o objetivo de oferecer gás natural a um preço melhor ao consumidor paranaense. A partir da parceria firmada na segunda, Copel e Shell, juntamente com a Compagas, passarão a analisar a viabilidade dessas metas.
“Pretendemos diversificar as fontes de fornecimento de gás para o estado. Hoje, basicamente, estamos na mão da Petrobras, que, de certa forma, está nas mãos do gasoduto Brasil-Bolívia. Com essas três usinas termelétricas, acompanhadas de novos gasodutos, poderemos trazer gás de outros países, oferecendo um consumo mínimo à população e atraindo novos investimentos”, afirma o secretário de Estado da Fazenda, Mauro Ricardo Costa.
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Passo a passo
O primeiro passo da parceria será o desenvolvimento de um modelo de negócios que atenda às necessidades elencadas pela Copel. “Vamos elaborar estudos conjuntos e realizar análises técnicas e econômico-financeiras para definição do modelo de negócios que traga rentabilidade e atenda às demandas para o crescimento do estado”, afirmou o presidente da companhia, Antonio Guetter.
A previsão inicial é que esses estudos sejam feitos ao longo de 2018, para que a Copel possa participar de leilões em 2019 para a construção de usinas termelétricas.
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